O Rio Grande do Sul se tornará um Estado olímpico na tarde de domingo, quando a tocha dos Jogos dos Rio deixará Concórdia (SC) e ingressará em Erechim, pela BR-153. Acesa em 21 de abril, em ritual repetido a cada quatro anos em Olímpia, na Grécia, a chama chegará a terras gaúchas escoltada por um comboio de 20 veículos, entre carros e caminhões.
Os primeiros 200 metros da tocha em Erechim serão percorridos por Gilmar Rinaldi, ex-goleiro e ex-coordenador de seleções da CBF, que passará em meio a um corredor formado por dezenas de cavalarianos, ao som do hino rio-grandense executado por violinos. Cada condutor carregará o fogo olímpico por apenas 200 metros, antes do "beijo da tocha", quando duas tochas se encontram, a cada passagem, a fim de transferir a chama uma para a outra – e que se mantém acesa graças a um pequeno tubo de gás, acoplado ao bastão.
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Os primeiros 200 metros da tocha em Erechim serão percorridos por Gilmar Rinaldi, ex-goleiro e ex-coordenador de seleções da CBF, que passará em meio a um corredor formado por dezenas de cavalarianos, ao som do hino rio-grandense executado por violinos. Cada condutor carregará o fogo olímpico por apenas 200 metros, antes do "beijo da tocha", quando duas tochas se encontram, a cada passagem, a fim de transferir a chama uma para a outra – e que se mantém acesa graças a um pequeno tubo de gás, acoplado ao bastão.
O símbolo olímpico passará por 28 cidades gaúchas (nos Jogos de Londres, por exemplo, em 2012, um total de 30 municípios recebeu a tocha em todo o país), começando por Erechim e se despedindo em Torres, em 9 de julho. Em localidades menores, a chama permanecerá por 25 minutos. Em Porto Alegre, o desfile será de quatro horas. Ao final de cada dia, a tocha é transferida uma vez mais para a lamparina (são cinco, que vieram desde Olímpia), que mantém a chama viva, que é levada ao hotel, sob forte escolta.
O cartão postal que o Rio Grande do Sul venderá ao mundo será o do sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões. No momento em que a tocha chegar à redução jesuítica, haverá a "Photo Oportunity": instante em que a chama dos Jogos é fotografada em um ponto turístico do Estado por onde ela passa e que será a imagem gaúcha para o mundo.
– Escolhemos São Miguel como o símbolo da nossa cultura. Estamos chamando esse roteiro da tocha de Caminho da Superação, a fim de fazer uma analogia com o momento de recuperação de todo o Rio Grande do Sul – diz o secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, Juvir Costella. – Além disso, teremos mais uma atração. Quando a tocha chegar a Santa Maria estaremos a 30 dias da Olimpíada – comemora.
No trajeto gaúcho, a tocha olímpica não será levada somente a pé pelos 617 indicados. Ainda que muitas das ações dependam do humor do inverno, está prevista a condução através de vagoneta (nos molhes de Rio Grande), de jet ski (Guaíba), de paraglider (Nova Petrópolis), de rapel (Canela), de bicicleta (em São Lourenço do Sul e em Novo Hamburgo) e a cavalo (em Porto Alegre, durante homenagem aos 50 anos do Movimento Tradicionalista Gaúcho e ao centenário da cavalaria da Brigada Militar). Em São Sepé, haverá o encontro da tocha olímpica com o fogo de chão eterno, mantido aceso há mais de 200 anos na fazenda Boqueirão, e que representa com maior autenticidade a chama crioula do Rio Grande do Sul.
Para garantir o clima de festa pelos Jogos do Rio, cuidados têm sido adotados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. De conversas com movimentos sociais – para que evitem uma manifestação em meio à passagem da tocha, criando uma publicidade ruim para a própria luta – até manter em sigilo o trajeto e horário da passagem da tocha pelas cidades – ainda que isso implique em um menor contingente de populares saudando o espírito olímpico nas ruas.
– A presença da tocha olímpica em nosso Estado será uma grande oportunidade de divulgação de nossos valores, das coisas boas que temos. E a segurança das pessoas estará será prioritária – comentou o major Ivens Giuliano Campos dos Santos, um dos responsáveis pela logística da segurança na passagem da tocha.
Desde a saída da chama, em Olímpia, a tocha olímpica é escudada por 66 agentes da Força Nacional, que desfilam ao lado dos condutores, em uniformes caqui. Esse grupo acompanhará a tocha até a chegada ao Rio de Janeiro, em 5 de agosto, e depois de percorrer 10 mil quilômetros aéreos, 20 mil quilômetros terrestres, em 329 cidades do Brasil, e passar pelas mãos de 12 mil condutores, durante 95 dias, de Olímpia ao Maracanã.
*ZHESPORTES