Aos 21 anos, o nadador australiano Cameron McEvoy se prepara para ser um dos grandes nomes dos Jogos do Rio. Há quem o aponte como possível vencedor de seis medalhas, nos 50m, 100m e 200m livre, e nos revezamentos 4x100m livre, 4x200m livre e 4x100m medley.
No início desta semana, o desempenho que teve na seletiva australiana para a Olimpíada ganhou destaque. Levou três títulos nos 50m, 100m e 200m livre. Nos 100m livre, uma marca histórica: com 47s04, fez o melhor tempo já registrado sem o uso de maiôs tecnológicos.
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Os últimos quatro anos serviram para que se estabelecesse entre os melhores do mundo. Somados os dois Mundiais disputados no ciclo, em 2013 e 2015, levou quatro medalhas para casa, incluindo a prata nos 100m livre no ano passado. Nada que se compare, porém, com as marcas impressionantes dessa semana.
A possibilidade de resultados expressivos nas piscinas não é seu único trunfo para que se torne uma das estrelas da Olimpíada. A personalidade um tanto peculiar para o ambiente esportivo lhe garante um carisma raro em tempos de ações e declarações pasteurizadas.
Cameron é estudante de física da Griffith Univesity, na costa leste da Austrália. Aparentemente, seu gosto pela ciência é tão grande quanto pelo esporte. Em uma viagem de sua turma a Manchester, na Inglaterra, enquanto os colegas visitavam o mítico estádio Old Trafford, o nadador publicava fotos ao lado de pesquisadores famosos ou em visita a museus. Há relatos de que, em um treino, chegou a sair da piscina para fazer anotações, já que, em meio ao vai e vém na água, teve uma ideia para solucionar uma equação matemática. O gosto pelo conhecimento lhe rendeu o apelido de "Professor", apesar da tenra idade.
Seja pela ciência ou pelo esporte, vale a pena prestar atenção em Cameron McEvoy.
* ZH Esportes