O Campeonato Mundial de ginástica artística começa hoje com um desfalque importante para o Brasil. Ainda que Arthur Zanetti e Diego Hypólito sejam caras mais conhecidas do time masculino, seu peso na prova por equipes não é tão grande quanto o de Sérgio Sasaki, o jovem de 23 anos que ficará de fora por conta de uma lesão no bíceps do braço direito.
Enquanto Zanetti domina as argolas e Hypólito brilha no solo, Sasaki é nosso faz-tudo. Entrou para a história em Londres ao ser o primeiro brasileiro a se classificar para a final do individual geral - prova que computa todos os aparelhos, premiando os ginastas mais completos. O 10º lugar nos Jogos Olímpicos foi bom, mas Sasaki melhorou ainda mais nos anos seguintes. Ficou em 5º no Mundial de 2013, e em 7º no ano passado. Consolidou-se, assim, como um dos principais ginastas do mundo.
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Na prova por equipes, que também leva em conta o desempenho em todos os aparelhos, Sasaki seria nossa estrela. Garantiria notas altas em todas as etapas e aumentaria nossas chances de chegar ao principal objetivo da competição na Escócia: buscar uma vaga olímpica. Mas o 2015 recheado de problemas físicos impediu sua participação. Antes de sentir o braço, Sasaki perdeu todo o primeiro semestre por conta de uma séria lesão de ligamentos no joelho.
Para carimbar a vaga na prova por equipes, o Brasil precisa ficar entre os oito melhores do Mundial. Ano passado, com Sasaki, terminou na ótima 6ª posição, um crescimento notável em relação ao 13º lugar de 2013. Sem seu coringa, a tarefa da equipe masculina do Brasil em Glasgow não será nada fácil.
* ZH Esportes