O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta sexta-feira (22), maioria dos votos para a permanência de Robinho na prisão. O ex-jogador de futebol está detido desde 21 de março, sob condenação por estupro coletivo pela Justiça da Itália. Com informações do g1.
O plenário, que ocorre de forma virtual, é composto por 11 ministros e já tem seis votos definidos. Os membros da Corte podem depositar seus votos até a próxima terça-feira (26).
Gilmar Mendes foi o único ministro a votar pela soltura de Robinho. Luiz Fux (relator do caso), Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Carmen Lúcia e Alexandre de Moraes ficaram favoráveis a permanência da prisão.
O julgamento começou no início de setembro, mas foi adiado e retomado somente na última sexta-feira (15).
Relembre o Caso Robinho
Robinho foi acusado por participar de estupro coletivo de uma jovem albanesa na casa noturna Sio Café, em Milão, em 2013. As investigações envolveram interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial e que mostraram o ex-santista revelando a participação no ato.
Em 2017, quando o jogador estava no Atlético-MG, foi condenado em primeira instância. Isso não impediu de continuar a carreira.
O Santos anunciou a contratação do atacante em 2020, mas ele nem sequer jogou após protestos da torcida e ameaças de rompimentos de contratos com patrocinadores. O contrato durou seis dias e foi suspenso. Na época, a Corte de Apelação de Milão já havia negado recursos da defesa de Robinho.
Por fim, o caso transitou em julgado na Itália em 2022, com a condenação na Corte de Cassação de Roma, órgão máximo da Justiça italiana. Robinho, porém, só foi preso após a Justiça brasileira homologar a pena dada no país europeu, a partir do pedido do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Aos 40 anos, o ex-jogador está na prisão de Tremembé, no interior de São Paulo.