O Palmeiras concluiu neste sábado a negociação de Estêvão com o Chelsea. O jovem jogador passou por exames médicos em São Paulo e assinou contrato. Trata-se da maior venda da história do futebol brasileiro em valores nominais em reais.
Estêvão, de 17 anos, só deixará o Palmeiras em julho de 2025, depois de disputar o Mundial de Clubes nos Estados Unidos. Essa foi uma condição negociada entre as partes.
A operação total foi fechada em 61,5 milhões de euros (R$ 359 milhões), acima do valor da multa rescisória, que era de 45 milhões de euros (R$ 262 milhões), acertada quando o jogador assinou o primeiro contrato profissional, em abril de 2023.
Palmeiras já tem garantidos 45 milhões de euros e pode receber mais 16,5 milhões de euros (R$ 96 milhões) em metas. Clube fica com 70% do valor, o restante é do atleta e de sua família.
Em comparação, a venda de Endrick ao Real Madrid foi acertada por 60 milhões de euros (R$ 350 milhões): 35 milhões fixos e 25 milhões em metas.
O Palmeiras entende que não havia como segurar o talentoso atacante, por diferentes fatores, a começar pela legislação, que estabelece vínculo máximo de três temporadas para jogadores com menos de 18 anos.
Inicialmente, o estafe do jogador sugeriu uma multa contratual de 15 milhões de euros. O Palmeiras trabalhou para que a cláusula subisse a 45 milhões de euros, valor que conseguiu superar na negociação com o Chelsea, caso as metas sejam atingidas
O atleta e sua família têm direito a 30% do valor da transferência e gostariam que a transação fosse concretizada pois representa a independência financeira.
Considerado uma das principais revelações do futebol brasileiro nos últimos anos, Estêvão integra o time profissional desde o fim do ano passado. Ele se consolidou entre os titulares nesta temporada e se destaca pelos drible, velocidade e inteligência. Há muitos que o comparam com Neymar.
O jovem atacante canhoto marcou quatro gols e deu três assistências em 22 jogos pelo time principal do Palmeiras.