A expulsão do atacante Hulk por reclamação em Atlético-MG x Palmeiras, na segunda-feira (17), tem causado muita polêmica. Há quem entenda que houve exagero do árbitro Rodrigo Pereira de Lima na ação que tirou o atacante do jogo e que poderia ter sido administrado de outra forma.
Por outro lado, também existem os que consideram que o jogador reclamou de maneira acintosa e desrespeitosa, com o agravante de ter feito isso após a marcação de uma falta em favor do Atlético-MG.
Independente do lado que você está nessa discussão, é importante saber que há uma orientação da CBF por trás da decisão da arbitragem. Prova disso é que a expulsão de Hulk não foi a primeira ocorrida nesses moldes no Brasileirão 2024.
Wilson Seneme, chefe da arbitragem brasileira, tem sido contundente na cobrança para que os árbitros não relevem condutas desrespeitosas.
Isso não significa necessariamente uma reedição da "cruzada pelo respeito", movimento feito há uma década pela arbitragem e que causou muita polêmica. Não se trata de dar cartão para tudo.
O que Seneme quer é a punição de infratores especialmente em três situações:
- Quando diz respeito aos exageros nas áreas técnicas. Reclamações à beira do campo devem ser punidas com rigor.
- Jogadores que retardam o jogo chutando a bola para longe quando há uma tentativa de cobrança rápida de uma falta. Há um pedido para que sejam mostrados amarelos sempre que isso ocorrer.
- Os árbitros não devem tolerar reclamações desaprovando as decisões da arbitragem com palavras ou gestos exagerados. Nem precisa haver a caraterização de uma ofensa. Nesse caso, o vermelho deve ser aplicado de forma direta.
Nesses casos a tolerância deve ser zero. Até agora os árbitros têm tido o respaldo da comissão para agir desta forma dentro de campo. Resta saber se isso continuará assim e se esse critério será capaz de acalmar os ânimos dentro de campo.