O tão aguardado retorno de Bernardinho ao comando da seleção brasileira masculina de vôlei ocorreu na noite desta terça-feira (21), no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, em partida válida pela Liga das Nações. Foram 2.830 dias sem dirigir a equipe, mas o experiente treinador de 64 anos pareceu não ter ficado ausente.
Inquieto, como é sua característica, ele orientou, conversou e tentou corrigir erros apresentados pela equipe, que utilizará essa competição como preparação para os Jogos Olímpicos de Paris.
A reestreia acabou não sendo das melhores diante de Cuba, velha rival brasileira. Mais entrosada e ainda em busca de sua vaga olímpica, a adversária venceu por 3 a 1, parciais de 25/23, 27/29, 25/21 e 25/21, em 1h45min de partida válida pelo Grupo 2 do torneio. Os titulares foram o levantador Bruninho, o oposto Darlan, os ponteiros Lucarellu e Leal, os centrais Lucão e Flávio e o líbero Thales.
No set inicial, os cubanos começaram dominando e abriram 6 a 3. Com bons ataques de Leal, os brasileiros reagiram e encostaram em 10/9, mas a seleção de Cuba voltou a abrir, chegou a 20/16 e resistiu nos pontos finais para marcar 25/23, com destaque para os 10 erros cometidos pela seleção brasileira.
O Brasil voltou melhor para o segundo set e conseguiu liderar a parcial em 11/8 e 17/14. A partir desse momento, uma boa sequência de saques de Marlon Yant permitiu aos cubanos o empate em 17/17.
O equilíbrio permaneceu, mas a equipe caribenha chegou a ter dois set-points em 24/22, mas permitiu o empate brasileiro em ace de Lucão. Os dois times se alternaram até Lucarelli ir para o saque e acertar um ace em 28/27. Um novo bom saque do ponteiro permitiu um contra-ataque de Darlan, que definiu o 29/27 e o empate no placar.
Os cubanos não se abalaram e voltaram num ritmo ainda mais forte no terceiro set. Rapidamente, abriram larga vantagem de oito pontos (14/8), mas acabaram cometendo alguns erros e permitiram ao Brasil encostar em 18/15. Porém, no final, Cuba soube fechar em 25/21 em um erro de saque do levantador Fernando Cachopa, que entrou no decorrer do jogo, assim como Maurício Borges, Alan e Adriano.
Com a necessidade de somar pontos importantes no ranking mundial para ainda sonhar com uma vaga em Paris, Cuba voltou para o quarto set disposta a fechar a partida e fez 8/5. Com o oposto Michael Sánchez inspirado, os cubanos abriram 15/11 e seguiram mandando na partida. O Brasil esboçou uma pequena reação e num ataque de Leal ficou a dois pontos do empate (17/15).
Em um ace de Yant, Cuba marcou seu sétimo ponto de saque no jogo, chegou a 23/19 e, mantendo o seu side-out, fechou em novo 25/21. Com isso, manteve a esperança de voltar aos Jogos Olímpicos.
Com 18 acertos, o ponta Marlon Yant foi o principal pontuador cubano. Ele foi seguido por Miguel López, com 15, Michael Sánchez, com 14, Javier Concepción, que fez 13, e Simón, que terminou com 12 pontos anotados.
No Brasil, que volta a jogar na quinta-feira (23) contra a Argentina, os destaques foram Leal, com 19, e Lucarelli, com 11 pontos.