O presidente da Fifa, Gianni Infantino, fez um apelo nesta quinta-feira (11) ao combate ao racismo em Assunção e destacou que o brasileiro Vinicius Junior e outros jogadores sofrem com este flagelo.
"Temos problemas no futebol. Temos que estar unidos para combater o racismo. Vinicius [atacante do Real Madrid] e outros estão sofrendo. Não há razão para esses ataques. Temos que estar unidos contra a violência no mundo", pediu o dirigente da entidade que comanda o futebol durante a assinatura de um ato para a Copa do Mundo de 2030.
Ele fez a declaração por ocasião da assinatura de um documento de intenções na sede da Conmebol para que a Fifa aceite que Argentina, Paraguai e Uruguai sejam declaradas sedes dos jogos de abertura da Copa do Mundo de 2030.
Infantino interveio com uma mensagem direcionada aos chefes de Estado do Uruguai e do Paraguai, Luis Lacalle Pou e Santiago Peña, e aos principais dirigentes do futebol sul-americano.
"Temos que agir em conjunto com os governos, as equipes, os jogadores. Ir a um jogo tem que ser uma festa", afirmou o suíço.
O dirigente foi condecorado pela Conmebol com a Ordem de Honra ao Mérito, na categoria de Grande Colar Extraordinário, pelos esforços para garantir que esses países fossem escolhidos como sedes, em comemoração aos 100 anos da primeira Copa do Mundo, organizada pelo Uruguai.
O presidente argentino, Javier Milei, também foi convidado mas não pôde comparecer devido a uma viagem aos Estados Unidos.
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O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, direcionou uma mensagem aos governantes do mundo inteiro para seguirem o exemplo do futebol.
"É a magia do futebol. Hoje podemos dar um grande exemplo no momento em que o mundo briga e se divide. Em vez de encontrar motivos para nos dividir, o futebol encontrou um motivo para nos unir, para mostrar que temos mais semelhanças do que diferenças. Pela primeira vez na história, em 100 anos, uma Copa do Mundo será disputada em três continentes", enfatizou, lembrando que a Copa do Mundo de 2030 será realizada na América, Europa e África.
Por sua vez, o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou sustentou que "é uma obrigação moral, e não legal" do governo apoiar a Copa do Mundo de 2030. "É por isso que estamos aqui", afirmou.
O presidente teria pedido a Infantino que administrasse a aprovação da Fifa da escolha do Uruguai como sede do sorteio de 2029 do calendário do torneio.
Lacalle disse que apreciou o gesto de Infantino por entender que nem tudo deveria ser uma questão de dinheiro no futebol. "Você vai se perguntar por que deram a organização para Argentina, Uruguai e Paraguai: porque nem tudo é econômico. Eles são como as raízes da família. Se não há raiz, não há galhos nem frutos".
* AFP