
Em reunião com prefeitos do PSDB gaúcho na noite de quarta-feira (7), o governador Eduardo Leite emitiu sinais claros de que está prestes a se filiar ao PSD. Leite conversou por duas horas com cerca de 40 prefeitos e vices em plataforma virtual restrita e expressou o desejo de que os tucanos o acompanhem, em um "movimento em grupo".
Aos correligionários, o governador repetiu o que tem dito em entrevistas e afirmou que a decisão terá caráter definitivo apenas quando for anunciada publicamente, o que é esperado para ocorrer entre esta quinta (8) e sexta-feira (9), antes de partir rumo a uma viagem para Nova York. No entanto, admitiu o provável destino.
— Há uma inclinação forte nesse sentido — afirmou aos aliados, na videoconferência.
Durante a conversa, o governador expôs os motivos que levaram à fragilização do PSDB no âmbito nacional, o que dificultaria seu projeto de disputar a presidência da República.
Leite reafirmou que trabalhará para ser candidato a presidente em 2026, mas admitiu concorrer ao Senado caso seu nome não decole. No novo partido, o gaúcho dividirá o status de pré-candidato ao Planalto com o governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Questionado por correligionários, disse ter recebido a garantia do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de que o partido não vai aderir ao projeto de Lula ou ao de Bolsonaro em 2026.
Além disso, afirmou que, com a migração consolidada, assumirá o comando do diretório gaúcho do PSD e trabalhará para montar nominatas competitivas para a disputa de cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
Junto dos prefeitos, a presidente estadual do PSDB, Paula Mascarenhas, e deputados tucanos participaram da conversa virtual.