O gaúcho Felipe Loch, de apenas 17 anos, tornou-se neste sábado (20) o atleta de beach tennis mais jovem da história a vencer um torneio da categoria BT 400, uma das principais do circuito. Jogando ao lado do parceiro italiano Luca Andreolini, de 20 anos, o porto-alegrense eliminou as principais duplas do mundo nas quartas de final, na semifinal e na final do torneio disputado em Petrolina, no sertão de Pernambuco.
— É muito gratificante ver que todo o trabalho e treino tem dado certo. Foi um resultado maravilhoso, mas tem muito pela frente. Não caiu a ficha, não entendi ainda, 470 pontos, 7 mil dólares na conta — disse o gaúcho após a conquista.
Nas quartas de final, disputadas na sexta (19), a dupla de prodígios venceu o brasileiro André Baran, número 4 do mundo, e o italiano Michelle Cappelletti, número 3 do mundo e cinco vezes campeão mundial. Já na semifinal, no sábado, os garotos superaram o espanhol Antomi Ramos, ex-número 1 do mundo, e o brasileiro Hugo Russo, número 10 do mundo.
O ápice, porém, veio na noite de sábado, quando Loch e Andreolini superaram na final a dupla número 1 do mundo, composta pelo francês Nicolas Gianotti e o italiano Mattia Spoto. Os garotos ganharam o primeiro set por 6/1, perderam o segundo set por 3/6 e venceram o supertiebreak por 10/3, confirmando o título.
Com a conquista do BT 400 de Petrolina, Felipe Loch subiu 20 posições no ranking mundial de beach tennis da ITF (Federação Internacional de Tênis, na sigla em inglês), atingindo a 29ª posição. O gaúcho já é o número 1 do mundo juvenil e atual campeão mundial da categoria.
Na categoria feminina, o BT 400 de Petrolina foi conquistado pelas italianas Sofia Cimatti e Greta Giusti, que derrotaram na final as brasileiras Vitória Marchezini e Sophia Chow por 6/4 e 6/2.
A competição contou com a participação de cerca de mil atletas de dez países e distribuiu US$ 35 mil (R$ 175 mil) em premiação. Cada dupla campeã conquistou 470 pontos no ranking mundial.
Em termos de importância no mundo do beach tennis, o BT 400 está atrás apenas dos torneios Sand Series (equivalentes aos "Grand Slams" do tênis) e do campeonato mundial, que ocorre apenas uma vez por ano e rende 1.000 pontos no ranking.
