A jogadora de basquete Brittney Griner, que ficou dez meses presa na Rússia, por posse de maconha, é uma das convidadas pela delegação dos Estados Unidos para um campo de treinamentos que acontecerá em Cleveland, entre os dias 3 e 5 de abril. No total, 14 atletas participarão das atividades, sendo nove com experiências em Olimpíadas.
As demais jogadoras são: Shakira Austin, Ariel Atkins, Aliyah Boston, Caitlin Clark, Chelsea Gray, Rhyne Howard, Sabrina Ionescu, Jewell Loyd, Kelsey Plum, Breanna Stewart, Diana Taurasi, A'ja Wilson e Kackie Ypung.
Em busca da oitava medalha de ouro olímpica consecutiva, a equipe feminina de basquete dos EUA vem avaliando o grupo antes de entregar a lista de jogadoras que defenderão o país nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Dentre os nomes, chama atenção também o de Diana Taurasi, que conquistou a medalha de ouro pelos Estados Unidos em cinco oportunidades.
Relembre o caso de Brittney Griner
Griner foi detida em março de 2022 depois que a polícia disse que encontrou um vaporizador contendo óleo de cannabis em sua bagagem no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou. Em julho, a atleta admitiu a posse dos produtos, mas testemunhou que se descuidou e os embalou com pressa e não tinha intenção criminosa. Sua equipe de defesa apresentou declarações escritas dizendo que ela havia recebido cannabis para tratar de dores. No entanto, ela foi condenada a nove anos prisão no dia 4 de agosto por posse e contrabando de drogas.
Os advogados de Griner argumentaram que a punição era excessiva. Eles disseram que em casos semelhantes os réus receberam uma sentença média de cerca de cinco anos, com cerca de um terço deles com liberdade condicional. Ela foi transferida para uma colônia penal em Yavas, no oeste da Rússia, em setembro.
Antes de sua condenação, o Departamento de Estado dos EUA declarou que Brittney Griner estava "detida injustamente" - uma acusação que a Rússia rejeitou com veemência. Refletindo a crescente pressão sobre o governo liderado pelo presidente Joe Biden para fazer mais para trazer a jogadora para casa, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou publicamente em julho que Washington havia feito uma "proposta substancial" à Rússia para levar a jogadora de volta aos país de origem, junto com Paul Whelan, um americano que cumpre uma sentença de 16 anos na Rússia por espionagem.
Em dezembro, a jogadora foi liberada pelo governo da Rússia após uma troca de prisioneiros com a Casa Branca. Viktor Bout, traficante de armas russo que está cumprindo uma sentença de 25 anos nos EUA e que já ganhou o apelido de "Mercador da Morte", foi a moeda de troca do governo americano.