Após 294 dias detida na Rússia, Brittney Griner está de volta aos Estados Unidos. Ela foi presa em fevereiro, acusada pelas autoridades russas de portar cigarros eletrônicos com óleo de cannabis, em sua bagagem, logo após desembarcar no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou.
Um dos destaques da seleção americana de basquete bicampeã olímpica nos Jogos Rio-2016 e Tóquio-2020, a atleta de 32 anos foi libertada após uma troca de prisioneiros envolvendo os governos dos dois países.
Para que Griner pudesse deixar a prisão, Viktor Bout, traficante de armas russo que está cumprindo uma sentença de 25 anos nos EUA e que já ganhou o apelido de "Mercador da Morte" foi enviado à seu país de origem. Nesta sexta-feira (9), a jogadora chegou à base aérea conjunta de San Antonio-Lackland, no Texas.
— Brittney teve que suportar uma situação inimaginável e estamos emocionados que ela esteja voltando para casa para sua família e amigos — disse o comissário da NBA, Adam Silver, em um comunicado sobre seu retorno.
Quem é Brittney Griner?
Brittney Griner foi campeã da WNBA em 2014 pelo Phoenix Mercury e bicampeã olímpica pelos Estados Unidos. Ela é a mulher com mais enterradas na história da liga feminina, com 17 na temporada regular, cinco no All-Star Game e uma vez nos playoffs.
Mesmo sendo considerada uma das maiores jogadoras da história, a atleta estava no país para participar da temporada russa de basquete, pelo UMMC Ekaterinburg. É comum que jogadoras americanas participem de outras ligas durante a intertemporada da WNBA. Isso acontece, principalmente, pelos baixos salários. Enquanto estrelas do basquete masculino, como Stephen Curry, LeBron James e Kevin Durant, ganham cerca de US$ 40 milhões (R$ 209 milhões) por ano, o teto da liga feminina fica em torno de US$ 228 mil (R$ 1,1 milhão) por temporada.