Hugo Calderano fez história nesta quarta-feira (1) nos jogos Pan-Americanos de Santiago. Número 4 do ranking mundial, ele confirmou o favoritismo diante do cubano Andy Pereira e se sagrou tricampeão consecutivo do tênis de mesa. A façanha é inédita e o torna o único jogador a vencer o evento em três oportunidades, deixando para trás o também brasileiro Hugo Hoyama (1991-1995) e o chinês naturalizado dominicano Lin Ju (2003-2007).
A vitória por 4 a 0 foi tranquila, e as parciais de 11/3, 11/8, 11/5 e 11/4, em apenas 21 minutos de partida, mostram o tamanho da superioridade do brasileiro. O resultado ainda teve um sabor de revanche para o carioca, que na noite anterior perdeu a decisão de duplas ao lado de Vítor Ishiy, justamente para Pereira e Jorge Campos.
— Acho que fiz uma partida muito boa, principalmente no saque e recepção, acho que dominei o jogo ali. Ele não conseguiu receber o meu saque o jogo inteiro. Variei bastante os efeitos, o lugar do saque. O saque também é um ponto forte dele, mas acho que consegui resolver bem. Consegui vencer com certa tranquilidade, mas claro que isso foi por causa de uma preparação incrível — disse o brasileiro após receber sua quinta medalha de ouro pan-americana — além do tri individual, ele tem mais um ouro por equipes e outro em duplas.
Bruna Takahashi faz jogo, duro mas fica com a prata
Bruna Takahashi tinha a missão de quebrar um tabu. A paulista foi apenas a segunda atleta do país a disputar a final de simples do Pan. Antes, apenas a chinesa naturalizada brasileira Gui Lin chegou à decisão em Toronto-2015, quando levou a medalha de prata.
E em um confronto muito acirrado, diante de uma velha conhecida, a porto-riquenha Adriana Diaz, 11ª do mundo, ela acabou sendo superada por 4 a 3 (9/11,, 14/12, 11/3, 8/11, 8/11, 11/9 e 11/7), após 54 minutos de partida.
Com o resultado, a jogadora de Porto Rico conquistou o bicampeonato, enquanto Bruna, a 23ª na classificação da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), garantiu seu sétimo pódio na história do Pan, sendo essa a quinta medalha quinta de prata.
— Foi um jogo muito bom. Estou muito triste, perdi o ouro. Estou chorando porque sei que tive chances de ganhar. O nível foi espetacular, ela é uma jogadora muito boa. Tenho o torneio de equipes pela frente e tenho que manter a cabeça erguida. Vai ser difícil esquecer esse jogo, mas é bola pra frente, tem muita coisa ainda — avaliou a brasileira de 23 anos.
O tênis de mesa ainda terá as competições por equipes masculina e feminina, com Hugo Calderano e Bruna Takahashi liderando as seleções do Brasil.