A seleção brasileira masculina de vôlei avançou de forma direta para as semifinais dos Jogos Pan-Americanos. Na partida que valia a liderança do Grupo A do torneio, o time dirigido por Giuliano Ribas venceu Cuba por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 25/16, 18/25, 25/27 e 18/16, em duas horas de confronto, na manhã desta quarta-feira (1º).
Invicto na competição, o Brasil foi ameaçado pelo time cubano, que também conta com uma formação mesclada em Santiago. Na primeira parcial, o equilíbrio foi a tônica do jogo, muito pelos sete erros cometidos pela equipe brasileira e pelos quatro pontos de bloqueio da seleção caribenha. Mas, na reta final, o 25 a 23 fez jus ao melhor time em quadra: o Brasil.
Mais uma vez, Juba escalou a seleção brasileira com o levantador Matheus Brasília, os ponteiros Henrique Honorato e Adriano, os centrais Judson e Otávio, o oposto Darlan e o líbero Maique.
No segundo set, o domínio do Brasil foi total. Cometendo apenas dois erros, marcando dois pontos de saque, a seleção acertou 93% dos ataques e rapidamente fez 2 sets a 0, sem dificuldades.
Mas, no terceiro set, os cubanos partiram para cima com tudo, arriscando no saque, o que desestabilizou o passe brasileiro. Aliado a isso, Cuba usou uma de suas tradicionais armas: a provocação a cada ponto. E, diante de uma seleção brasileira com jogadores inexperientes no cenário internacional, isso surtiu efeito. Honorato, especialmente, passou a discutir com Massó, que a cada bola derrubada gritava e olhava em direção à quadra do Brasil.
Desta forma, os cubanos chegaram a pouco mais da metade do terceiro set liderando em 14 a 9. O treinador brasileiro trocou o levantador e oposto, com Thiaguinho e Felipe Roque indo para o jogo. Mas, com a confiança em alta e o apoio da torcida chilena, Cuba fechou em 25 a 18 e tirou o primeiro set do Brasil no Pan.
O quarto set começou equilibrado, mas Darlan colocou a seleção em vantagem de 14 a 10. Cuba reagiu e com potentes saques de Miguel López chegou ao empate. E foi com um saque de seu camisa 18, que defende o Sada Cruzeiro-MG, que os cubanos venceram por 27 a 25, forçando o tie-break, para alegria dos chilenos nas arquibancadas da Arena do Parque O'Higgins.
Com apenas o apoio dos brasileiros presentes ao ginásio, o Brasil encarou um tie-break contra o público e uma empolgada seleção de Cuba, após a reação nas duas parciais anteriores. As duas seleções trocaram pontos até o 6-6, quando três erros brasileiros deram vantagem aos cubanos.
Em um boa sequência, a seleção brasileira conseguiu empatar em 13-13. Otávio errou o saque e deu aos cubanos o primeiro match point da partida, mas Darlan achou uma bola do fundo empatou. Logo depois, Brasília forçou o saque e o bloqueio brasileiro prevaleceu. Cuba deu o troco e o placar chegou a 15-15, com o público de pé.
Darlan foi marcado na entrada da rede e Cuba teve seu segundo match point no saque de Yonni Iglesias. A bola voltou no oposto brasileiro, que conseguiu explorar o bloqueio. E então veio o 17-16, de novo com Darlan, a nova estrela do vôlei nacional. A vitória em bloqueio acabou garantindo a vaga nas semifinais e servindo como um teste para a seleção que atua aqui no Chile.
Com 28 acertos, Darlan foi o maior pontuador do jogo, superando os cubanos Miguel López, com 20, Miguel Gutiérrez, com 19. O Brasil ainda contou com 13 pontos de Honorato e outros 10 de Adriano.