O Brasil conquistou mais duas medalhas no tênis em cadeira de rodas dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Na sexta-feira (24), os mineiros Gustavo Carneiro e Daniel Rodrigues enfrentaram os argentinos Ezequiel Casco e Gustavo Fernandez na decisão das duplas e foram derrotados por 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 6/1 e 10/3, ficando com a medalha de prata.
A segunda posição da dupla masculina igualou o resultado das mulheres, que na quinta haviam ficado com a prata com a brasiliense Maria Fernanda Alves e a mineira Meirycoll Duval.
O terceiro pódio brasileiro no Chile veio em uma disputa caseira. O mineiro Leandro Pena derrotou o catarinense Ymanitu Silva por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 7/6, e ficou com a medalha de bronze na chave simples da categoria quad, que foi vencida pelo chileno Francisco Cayuleff em final diante do canadense Robert Shaw.
Neste sábado (25) a modalidade será encerrada com duas categorias. Na chave masculina de simples, Daniel Rodrigues, de 36 anos, que nasceu com má-formação na perna direita (20 centímetros menor do que a esquerda e que em 2013, decidiu amputar a perna e usar prótese, enfrentará o norte-americano Casey Ratzlaff na disputa da medalha de bronze. A final será entre o argentino Gustavo Fernández e o chileno Alexander Cataldo.
Já na final masculina de duplas da categoria quad, Leandro Pena e Ymanitu Silva enfrentarão os chilenos Francisco Cayuleff e Diego Pérez.
As regras do tênis em cadeira de rodas
O tênis em cadeira de rodas tem muitas semelhanças com o tênis convencional, mas existe a chamada regra dos dois quiques, que determina que o atleta cadeirante precisa mandar a bola para o outro lado antes que ela toque no chão pela terceira vez. As cadeiras utilizadas também são esportivas, com rodas adaptadas para um melhor equilíbrio e mobilidade. Não há diferença em relação às raquetes e às bolas.
Segundo as regras da modalidade, o único requisito para que uma pessoa possa competir em cadeira de rodas é ter sido medicamente diagnosticada com uma deficiência relacionada à locomoção, ou seja, deve ter total ou substancial perda funcional de uma ou mais partes extremas do corpo. Se como resultado dessa limitação funcional a pessoa for incapaz de participar de competições de tênis convencionais (para pessoas sem deficiência física), deslocando-se na quadra com velocidade adequada, estará credenciada para participar dos torneios de tênis para cadeirantes.
Os tenistas são divididos em duas classes, open ou aberta e quad ou tetra. A open ou aberta é para atletas diagnosticados obrigatoriamente com alguma deficiência nos membros inferiores, enquanto a quad ou tetra é destinada a atletas com deficiência em três ou mais extremidades do corpo.