"Temos que respeitar os deuses do futebol" foi a primeira declaração de Tato Moreira, presidente do Guarany-Ba. Dirigente experiente no cenário do Interior Gaúcho, ele sabe que qualquer desatenção pode fazer o clube cair em uma armadilha. Por isso, mesmo com a vantagem na semifinal, o time bajeense é cauteloso na busca por retornar à Série A do Gauchão.
Depois da vitória por 1 a 0 no jogo de ida, em Bagé, o Guarany irá visitar o Monsoon neste domingo (13), às 15h, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Um empate garantirá o Alvirrubro da Campanha no Gauchão 2024.
O Guarany é o clube mais vitorioso das semifinais. Depois de Inter e Grêmio, é quem mais vezes ergueu a taça do Gauchão, sendo campeão em 1920 e 1938. Na Divisão de Acesso, o título veio em 1969 e 2006. Mas o clube sabe que a história não é suficiente para superar os rivais.
— Temos que respeitar. Vontade não nos falta, mas não podemos passar por cima do jogo que tem que ser jogado. É um adversário poderoso, com um investimento cinco vezes maior. Depois podemos prospectar o que poderá acontecer — afirma Tato Moreira.
Dos semifinalistas, o Guarany foi quem sentiu o gosto da Série A mais recentemente. Vice-campeão da Divisão de Acesso de 2021, disputou o Gauchão no ano seguinte. No entanto, a missão árdua de permanecer na elite ganhou o obstáculo de um surto de covid-19, que afetou 16 jogadores e desfalcou o time em jogos cruciais, tornando o rebaixamento inevitável.
Tato Moreira já estava no comando o clube. Mesmo com estes problemas enfrentados, percebeu a mudança de perspectivas do clube na época, sejam elas dentro ou fora de campo.
— A Série A é tudo para um clube do Interior. O Guarany trabalha com muita dificuldade e está geograficamente distante da maioria dos clubes da Primeira Divisão. O acesso nos daria novos sócios e a volta do convívio com os grandes. Além da visibilidade para novos patrocinadores, com uma amostragem muito grande nas transmissões — destacou o presidente do Guarany.