O sonho de Tiago Rech há 10 anos é ver o Futebol Clube Santa Cruz de volta ao Gauchão — seja como dirigente ou apenas um apaixonado pelo Galo. O famoso "torcedor solitário" virou presidente do clube e agora segue sua atuação como vice-presidente de marketing. Ele é um dos responsáveis pela reconstrução do time do Vale do Rio Pardo, que no período distante da Primeira Divisão estadual chegou a cair para a Terceirona e agora constrói uma trajetória de retomada.
Depois do empate em 1 a 1 no jogo de ida, em Lajeado, o Santa Cruz receberá o Lajeadense neste domingo (13), às 15h, no Estádio dos Plátanos. Quem vencer estará no Gauchão 2024. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.
Para o Santa Cruz, deixar a Divisão de Acesso e retornar ao Gauchão seria uma possibilidade de o clube evoluir em uma série de aspectos. Entre eles estão condições administrativas, financeiras e estruturais. Porém, a primeira delas é a recuperação da imagem do clube diante da comunidade de Santa Cruz do Sul.
— O acesso seria a confirmação da grandeza deste clube, que este ano está completando 110 anos. Também é um momento reconstrução da moral perante a comunidade de seus torcedores. Por isso que representaria tanto assim para nossa gestão que, de forma organizada e unida, tem trabalhado com muito comprometimento para levar o Galo de volta à Primeira Divisão — afirmou Tiago Rech.
Além da chance de pagar contas e captar mais patrocinadores para sobreviver às peleias do Interior, o plano do Santa Cruz é conseguir melhor as condições do Estádio dos Plátanos, com reformas nos vestiários e nas áreas de trabalho da imprensa.
Um ingrediente especial que dá mais gana ao Santa Cruz para disputar o próximo Gauchão é o fato do Avenida, outro clube local, estar na Série A. Se o adversário da semifinal da Divisão de Acesso, o Lajeadense, é um rival regional, já que Santa Cruz do Sul e Lajeado são cidades próximas, ter novamente um Ave-Cruz seria uma grande conquista para a cidade.
O clássico não ocorre desde 2012 na Primeira Divisão, justamente quando o clube foi rebaixado. Por estes motivos, um retorno também concretizaria um sonho do torcedor solitário que virou presidente.
— Para mim, como um torcedor apaixonado pelo Santa Cruz, o torcedor solitário, lá em 2012, na partida no Olímpico, que depois virou presidente, conseguiu os primeiros títulos, levou o clube para a Copa do Brasil. Então, também é a concretização de um sonho pessoal e poder fazer parte disso. É realmente uma honra e motivo de muito orgulho — destacou.