Dois dos sete torcedores do Corinthians investigados pelas agressões a Luan em um motel de São Paulo, na madrugada de terça-feira (4), estavam entre os corintianos presos na Bolívia, em 2013, após a morte do menino Kevin Espada, de 14 anos, durante uma partida do time paulista contra o San José, pela Libertadores. A informação foi confirmada por reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (9).
Os torcedores envolvidos no caso com Luan foram identificados após uma postagem nas redes sociais. Cerca de duas horas depois das agressões ao jogador do Corinthians, eles estavam em uma lanchonete, na zona Leste de São Paulo, onde publicaram uma foto com a legenda: "Alvo encontrado com sucesso".
Os sete torcedores identificados podem responder por três crimes: ameaça, porte ilegal de armas e lesão corporal. Luan não prestou queixa das agressões. No entanto, dois amigos do jogador que estavam no motel foram à delegacia registrar boletim de ocorrência.
Caso na Bolívia
Em fevereiro de 2013, 12 torcedores do Corinthians ligados à torcida organizada Gaviões da Fiel foram presos na Bolívia após um sinalizador marítimo atingir e matar o garoto Kevin Espada, de 14 anos, na arquibancada do Estádio Jesús Bermúdez, em Oruro.
Os torcedores negaram as acusações, mas cinco deles ficaram cinco meses presos na Bolívia enquanto seguia a investigação. Já no Brasil, um adolescente de 17 anos assumiu ter sido o responsável por soltar o sinalizador. A liberação dos brasileiros ocorreu após as autoridades bolivianas não terem encontrado provas que os ligassem ao lançamento do sinalizador que matou o garoto de 14 anos.