O Comitê Olímpico Internacional (COI) não esconde que é totalmente contra a guerra entre Rússia, apoiada pela Belarus, contra a Ucrânia. Nesta quinta-feira (13), a entidade informou que não enviará o convite formal para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 às confederações russa e bielorrussa, apesar de permitir a presença de atletas dos países na competição, mas sem representarem suas bandeiras. As delegações continuam banidas.
Tradição histórica do Comitê Olímpico, o envio dos convites ocorrerá no dia 26 de julho e desta vez contará com 203 confederações.
— Pelas razões apresentadas, isso excluirá os NOCs (Comitês Olímpicos) da Rússia e de Belarus, além do NOC da Guatemala, que está atualmente suspenso — informou o órgão olímpico em comunicado oficial.
O COI enfatiza que todos os Comitês Nacionais convidados têm a obrigação de participar dos Jogos Olímpicos de Paris, caso contrário serão submetidos a sanções, como aconteceu com a Coreia do Norte por não comparecer aos Jogos de Tóquio 2020.
Desde a invasão russa, em 2022, o COI suspendeu as seleções russas e bielorrussas de participarem de seus eventos mundiais enquanto a guerra não chegasse ao fim. Com a proximidade dos Jogos Olímpicos, a entidade amenizou as punições ao liberar apenas atletas desses países a competirem, mas com bandeira neutra.
— As recomendações atuais do COI para as confederações internacionais e organizadores de competições esportivas sobre a participação de atletas com passaporte russo ou bielorrusso continuam as mesmas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e também os Jogos de Inverno de 2026— disse a entidade, confirmando a punição aos países.
— O COI tomará essa decisão (liberação) no momento apropriado, a seu exclusivo critério, e sem estar vinculado aos resultados das competições anteriores de qualificação olímpica— confirmou a entidade.
Em várias modalidades, atletas russos e bielorrussos já somam pontos em rankings olímpicos nas diferentes competições classificatórias.
— O COI está aqui para apoiar os atletas de todo o mundo a realizar seu sonho olímpico e continua promovendo a participação de todo atleta que aceita as regras, respeita a Carta Olímpica e se classificou no campo de jogo—afirmou o Comitê Olímpico.
—No entanto, apesar de oferecer um caminho viável com as recomendações baseadas em valores do COI, ainda somos confrontados com duas posições irreconciliáveis. O lado russo quer que o COI ignore a guerra. O lado ucraniano quer que o COI isole totalmente qualquer pessoa com passaporte russo e bielorrusso. Ambas as posições são diametralmente opostas à missão do COI e à Carta Olímpica— conclui o órgão.