Apesar de ter sido expulso acusado de ter agredido um adversário no último domingo (21), na partida contra o Valencia, o atacante brasileiro do Real Madrid Vinícius Junior, não será suspenso. O anúncio foi feito pela Federação Espanhola de Futebol (RFEF) nesta terça-feira (23).
"O Comitê de Competição da RFEF aceita as alegações do Real Madrid sobre o cartão vermelho que Vinícius recebeu por dar um tapa em Hugo Duro após rever as imagens de vídeo, o que levou ao pedido de anulação da referida expulsão", anunciou a federação.
O futebol espanhol está sob intensa pressão depois de Vinicius sofrer um novo episódio de racismo nesta temporada, no Estádio de Mestalla, o que gerou uma onda internacional de indignação.
Alvo frequente de ofensas racistas desde sua chegada à capital espanhola em 2018, o brasileiro explodiu no jogo de domingo, após os xingamentos recebidos em Valência, quando vários torcedores o chamaram de "macaco", imitando os gestos de um primata.
Já nos acréscimos, Vinicius discutiu com vários jogadores adversários, entre eles o goleiro Giorgi Mamardashvili, do Valencia, e Hugo Duro, que segurou o brasileiro pelo pescoço até que o brasileiro lhe deu um tapa.
O árbitro da partida não teria notado o que aconteceu e, quando consultou o VAR, só viu as imagens do tapa de Vinícius, mas não a ação anterior de Duro, o que levou à expulsão de Vini. Normalmente, uma expulsão direta supõe pelo menos uma partida de suspensão.
Para o Comitê de Competição, fica comprovado com as imagens de vídeo que Vinícius foi alvo de "cantos que incitam à violência e constituem um manifesto desprezo pelas pessoas" e que o árbitro tomou a decisão de expulsá-lo após ver uma imagem "alterada" e parcial".
Com esta decisão, Vinicius Junior poderia jogar nesta quarta-feira contra o Rayo Vallecano, em duelo da 36ª rodada do campeonato espanhol. A RFEF também decidiu fechar por cinco jogos o setor da arquibancada de onde veio a maior parte dos insultos racistas contra Vinicius.