A morte de Pelé comove o mundo. A despedida do Rei do Futebol está sendo preparada e o velório ocorrerá a partir da próxima segunda-feira (2), na Vila Belmiro, em Santos. Com isso, além de fãs e amigos, jornalistas de todo o mundo estão mobilizados para a cobertura da despedida do maior jogador brasileiro.
Ricardo Burgos, jornalista mexicano da Televisa, soube da morte do ídolo do esporte durante conexão em Lima. Ele estava em deslocamento para a posse do presidente eleito Lula, em Brasília, no próximo domingo (1°). A emissora imediatamente o deslocou para São Paulo para o acompanhar a repercussão de Pelé.
— Chora o Brasil, chora o mundo, chora a bola — resumiu Burgos.
A ligação de Pelé com o povo mexicano vem da Copa de 1970. Na América do Norte, o eterno camisa 10 conquistou o tricampeonato mundial.
— Ele teve um grande rendimento nos campos mexicanos. Capturou rapidamente o carinho deles. O México lembra muito da partida no estádio Jalisco, do gol que não foi gol, contra o Uruguai. As pessoas vibraram pelo lance que passou ao lado da trave — relatou o jornalista.
Everton Souza é brasileiro, mas foi contratado para prestar serviços para um canal mexicano. Nas participações na quinta-feira (29), o carinho era nítido pelo craque:
— Nos comentários a gente percebia que o Pelé era uma mistura, como eles mesmo disseram, de Cristiano Ronaldo, Messi e Mbappé. Tem força e a velocidade do francês, o drible e o improviso do argentino e os chutes do português. O Pelé era tudo isso para eles — compara.
Do Chile, nesta manhã (30), vieram equipes da TV Mega Notícias, televisão nacional de Chile e Canal 13. Para o repórter Juan Carlos, além do título de da Copa do Mundo 1962, o astro conquistou o povo também pelo carisma:
— Pelé é muito querido pelo povo chileno. O Santos, na década de 1960 e 1970, jogou muito o torneio do verão no Chile. E o Pelé participou do mundial de 1962. Então, há lembranças lindas sobre Pelé que foram muitas vezes por temas comerciais e publicitários. O respeitamos muito e estamos aqui para a despedida dele.
A expectativa é que a movimentação no hospital Albert Einstein seguirá intensa ao menos até o sábado (31). Muitos jornalistas depois devem migrar para Brasília para a posse do presidente Lula. Posteriormente, retornam a São Paulo e a Santos para o funeral do Rei do Futebol.