Em mais um capítulo do caso Maurício Souza, 20 parlamentares representantes das causas LGBT+ de 13 Estados e sete partidos políticos distintos protocolaram uma representação no Ministério Público de Minas Gerais contra o jogador de vôlei, que publicou postagens de teor homofóbico em suas redes sociais. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
"A discriminação é nítida e direta, porque decorrente da intenção explícita de humilhar e constranger toda a população LGBTQIA+, causando prejuízo no exercício adequado do direito fundamental à cidadania e risco aumentado de violência por discursos como este", afirma o grupo sobre o conteúdo das publicações.
Ao órgão, o grupo pede que seja aberta uma ação penal pública contra Maurício por incitação do preconceito e discriminação homotransfóbica. Também são solicitadas uma indenização por dano moral coletivo a partir de R$ 50 mil e a exclusão de publicações homofóbicas das redes do jogador.
De acordo com informações da colunista, o grupo também oficiou o Facebook, pedindo uma reunião para falar dos comentários de Maurício e discutir políticas da plataforma sobre combate à violência LGBTfóbica e ao discurso de ódio.
Entre os signatários das representações estão o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), os deputados Leci Brandão (PCdoB-SP), David Miranda (PSOL-RJ), Vivi Reis (PSOL-PA), Fábio Félix (PSOL-DF) e Robeyonce Lima (PSOL-PE) e as vereadoras Erika Hilton (PSOL-SP), Monica Benício (PSOL-RJ), Linda Brasil (PSOL-SE), Duda Salabert (PDT-MG), Bella Gonçalves (PSOL-MG), Thabatta Pimenta (Pros-RN) e Benny Briolly (PSOL-RJ).
Na última quarta-feira (27), após repercussão negativa do caso, o Minas Tênis Clube rescindiu o contrato com Maurício.