A edição relâmpago do Gauchão feminino 2020 tem mostrado uma grande disparidade de forças dentro de campo. Em um formato diferente do habitual, o torneio teve uma fase classificatória com poucos jogos, três em cada grupo, e em todos que envolviam Inter e Grêmio, uma goleada maior do que a outra foi registrada.
O Tricolor diante do Estrela, na primeira rodada, venceu por 11 a 0. Na segunda, passou pelo Oriente por 12 a 0. Já o Colorado venceu o Brasil-Far por 5 a 0 e o João Emílio por incríveis 23 a 0. Os resultados reforçam a hegemonia da Dupla no futebol feminino do Estado.
Desta forma, Grêmio e Inter já estão na final do torneio — marcada para acontecer no dia 20 de dezembro. João Emilio, Brasil-Far, Estrela e Oriente decidem, na próxima rodada, quem disputará o terceiro lugar, que dará vaga à Série A2 do Brasileirão.
No entanto, quais os motivos para Inter e Grêmio apresentarem uma força tão grande dentro de campo? A resposta é simples: investimento. Apesar de a Dupla ainda não aplicar as mesmas cifras do masculino no futebol feminino, a diferença de estrutura em relação ao restante dos clubes gaúchos é grande.
— As atletas de Grêmio e Inter são profissionais de futebol. Elas recebem CLT e são atletas full time de futebol. Então, essa é a grande diferença. Quem sabe nos próximos anos, os clubes gaúchos que jogam a Série B não venham a ter times de futebol feminino. Quem sabe, em um novo momento do futebol feminino, as equipes gaúchas também invistam no futebol feminino. Nós projetamos que, nos próximos 10 anos, essa seja a modalidade que mais evolua no Brasil, tanto física, tática, quanto financeiramente — analisou Eduarda Luizelli, coordenadora das seleções femininas da CBF.