Confeccionada para mostrar o engajamento do Inter no Outubro Rosa — campanha de prevenção ao câncer de mama e colo do útero —, a camisa rosa foi um sucesso de vendas e acabou dando sorte à equipe masculina dentro de campo. Com o novo uniforme, Thiago Galhardo e companhia venceram o Vasco neste domingo (18), pelo Brasileirão.
Embora alguns clubes nacionais venham utilizando novas colorações em seus fardamentos nos últimos anos, as fornecedoras de material esportivo e o departamento de marketing dos clubes ainda encontram uma certa resistência na hora de inovar.
Na Europa, a medida não é nenhuma novidade. Já se tornou natural ver o Barcelona de verde limão, o Manchester City de amarelo ou a Juventus de azul, por exemplo.
No Rio Grande do Sul, as maiores variações se deram nos trajes dos goleiros, mas a dupla Gre-Nal também já apresentou algumas modificações em seus tradicionais azul e vermelho. Relembre alguns casos:
Inter
Em 2009, ano de seu centenário, o clube lançou uma camisa dourada, com detalhes em vermelho. Foi com este uniforme, aliás, que o time comandado por Tite enfrentou a Universidad de Chile, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Porém, a nova coloração parece ter dado azar, já que o Inter, que era o detentor do título, foi eliminado na primeira fase.
Em 2014, a Nike lançou uma série de camisas amarelas para os clubes brasileiros, entre eles Corinthians, Bahia, Coritiba e, claro, o Inter. De acordo com a fornecedora, o objetivo era homenagear a Copa do Mundo, que seria disputada no Brasil. Assim, o Colorado "mudou de cor" na vitória sobre o Sport, pelo Brasileirão, no Beira-Rio.
A Nike voltou a inovar em 2018 quando lançou uma terceira camisa cinza para o Inter. A justificativa foi que a coloração fazia referência ao cimento das arquibancadas. Em campo, o que se viu foi uma enorme confusão com o verde do Palmeiras, no empate por 0 a 0 pelo Brasileirão — tanto que a equipe paulista voltou para o segundo tempo com camisas brancas.
Grêmio
No Grêmio, o estatuto exige que as cores azul, preta e branca sejam predominantes nos segundos e terceiros uniformes. Ainda assim, o clube preparou variações ao longo de toda a década de 1990. Somente em 1996, a Penalty lançou quatro. A última, que também acabou sendo usada no ano seguinte, modificou até mesmo o símbolo do clube, acrescendo o mapa mundial ao lado do emblema. O time jogou até um Gre-Nal com ela.
Ao longo de sua história, o Tricolor teve várias camisas pretas, mas em 2010 a Topper lançou um modelo cheio de detalhes, com finas linhas azuis e brancas verticais. Ela foi usada, por exemplo, na vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-GO, pelo Brasileirão.
No seu primeiro ano de contrato com o Grêmio, em 2015, a Umbro confeccionou uma camisa em tom degradé, em que o azul celeste se tornava preto até se somar ao calção. Foi com este uniforme, por exemplo, que o Tricolor, então comandado por Roger Machado, bateu o Corinthians, de Tite, na Arena, pelo Brasileirão.