Diante da decisão de retomar as medidas de confinamento em Lisboa, cidade que sediará o torneio final da Liga dos Campeões, a Uefa afirmou nesta terça-feira (30) que não há nenhum motivo para prever um plano B para a competição.
— Esperamos que tudo corra bem e que será possível organizar o torneio em Portugal. Por enquanto, não há nenhum motivo para prever um plano B — declarou à AFP um porta-voz da Uefa, explicando que a entidade está em contato permanente com a federação portuguesa de futebol e as autoridades locais.
—Seguimos a situação diariamente e nos adaptaremos caso necessário, quando chegar o momento — prosseguiu o porta-voz, repetindo as palavras pronunciadas em 17 de junho pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin.
A partir desta quarta-feira (1), os habitantes de 19 bairros da periferia norte de Lisboa, onde há núcleos de contaminação do coronavírus, serão novamente confinados em casa, anunciou na última quinta-feira (25) o primeiro-ministro português, António Costa. Nestes locais, as aglomerações serão limitadas a no máximo cinco pessoas, contra 10 no conjunto da região da capital e 20 no restante do país.
A final da Liga dos Campeões 2019-2020, competição suspensa em meados de março devido ao coronavírus, está prevista para acontecer em 23 de agosto em Lisboa, após a disputa de um torneio inédito que reunirá oito equipes na capital portuguesa a partir de 12 de agosto.
Quatro equipes já estão classificadas para as quartas de final da Liga dos Campeões: PSG, RB Leipzig, Atalanta e Atlético de Madrid. As outras quatro vagas serão atribuídas após a disputa dos jogos de volta das oitavas de final ainda não realizados e que deverão acontecer nos dias 7 e 8 de agosto em locais a determinar.
A presença de torcedores no torneio será "regularmente avaliada" em função da situação sanitária, explicou a Uefa em 17 de junho. Em Portugal, país de cerca de 10 milhões de habitantes e onde o uso de máscara é obrigatório em locais fechados, o número de novos casos diários subiu nos últimos dias para entre 300 e 400, quando havia caído para menos de 100 no início de maio.