Liberados para voltar para suas casas em razão da suspensão das competições por causa da pandemia de coronavírus, quatro jogadores do Tupi, de Crissiumal (norte gaúcho), estão vivendo momentos de tensão e incertezas. Os atletas estão desde segunda-feira (23) no saguão do aeroporto Salgado Filho aguardando por um voo para Palmas-TO, cuja última remarcação foi para sexta-feira (27).
A história começou no domingo. O goleiro Robinho, os laterais-esquerdos Gustavo e Fábio Jr e o volante Bideli foram dispensados pelo Tupi, que comprou suas passagens de volta para o Tocantins, e partiram, de ônibus, de Crissiumal para Porto Alegre, chegando na Capital às 5h de segunda-feira. O voo para São Paulo, primeira e única parada antes de Palmas, estava previsto para 6h20min. Porém, quando ingressaram no aeroporto, foram informados de que a viagem seria no dia seguinte, no mesmo horário.
Eles entraram em contato com a Latam para pedir orientações sobre alimentação e hospedagem, o que, segundo a Anac, é direito de passageiros cujos voos são adiados para um tempo superior acima de quatro horas. Foram informados de que os hoteis conveniados não estavam recebendo novos hóspedes e os restaurantes estão fechados.
Como havia a promessa de que o voo sairia no dia seguinte, foram atrás de um hotel cujo valor coubesse no orçamento de jogador da Divisão de Acesso. Retornaram nesta terça-feira ao aeroporto e, novamente, o voo foi adiado, desta vez para sexta-feira.
— Não temos como pagar hotel e procurar amigos aqui em Porto Alegre nessa situação de pandemia também é complicado, sair de aeroporto e entrar na casa das pessoas — relata Robinho.
A Latam respondeu, por nota: "Conforme anunciado em 16 de março, o Grupo LATAM Airlines reduziu 40% de todas as operações domésticas, e, está fazendo o possível atender os passageiros que não conseguem voltar para casa devido à crise de saúde global causada pelo Coronavírus (COVID-19). A companhia reforça que não está medindo esforços para oferecer flexibilidade aos passageiros diretamente impactados por esta crise sem precedentes".
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