Os jogadores do Bayern de Munique, do Borussia Dortmund e de outros clubes alemães aceitaram a diminuição do salários para ajudar os dirigentes a lidar com a crise financeira provocada pela pandemia do coronavírus. A medida está sendo discutida também no futebol brasileiro.
Na segunda-feira (23), a Comissão Nacional de Clubes (CNC) propôs, entre outras coisas, uma redução de 25% nos salários dos jogadores em razão da paralisação do futebol em virtude da covid-19. A proposta será apresentada para a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) e aos sindicatos estaduais.
Na Alemanha, o Borussia Dortmund anunciou oficialmente que seus jogadores renunciaram "voluntariamente a uma parte de seus salários, em solidariedade aos 850 funcionários do clube e suas famílias". A decisão já havia sido tomada pelos atletas do Borussia Mönchengladbach na semana passada.
A comissão técnica e os dirigentes do Borussia Dortmund, atual segundo colocado do Campeonato Alemão, também renunciaram a parte de seus salários, o que permite "economizar dezenas de milhões de euros", explicou em comunicado o clube, sem detalhar os valores.
Mesmo cenário no Bayern, líder da Bundesliga no momento em que a competição foi interrompida (13 de março), no qual todos os jogadores, membros do conselho de administração e do conselho de vigilância aceitaram diminuir em 20% seus rendimentos, segundo o jornal Bild. O Bayern, que tem o elenco mais valioso da Alemanha, anunciou gastos de 336,2 milhões de euros com salários na temporada 2018-2019 e uma receita total de 750,5 milhões de euros no mesmo período.
Os jogadores do Werder Bremen e do Schalke 04 também aceitaram uma diminuição do salário. Conversas estão em andamento nesse sentido no Bayern Leverkusen, segundo a imprensa alemã.