Hortência lamentou a morte de Kobe Bryant, 41 anos, ex-jogador de basquete estado-unidense, vítima de um acidente de helicóptero na tarde do último domingo (26). O quarto maior pontuador de todos os tempos da NBA (liga norte-americana de basquetebol) estava com a filha Gianna, de 13 anos, e mais sete tripulantes na aeronave que caiu na Califórnia. A comentarista dos canais SporTV, apelidada de "Rainha do basquete" brasileiro, disse que Kobe era uma personalidade exemplar.
— O Kobe Bryant é uma lenda, né? Um dos ícones do basquetebol mundial. Ele era um exemplo de determinação, profissionalismo, de tudo que qualquer pessoa, seja atleta, ex-atleta ou futuros atletas, ou até mesmo para as pessoas no seu dia-a-dia, de como tem de se comportar, pensar e agir, e o que tem que fazer. Ele era tudo isso, além de um grande jogador — opina Hortência.
Ela conta que conversou pessoalmente uma vez com o ex-jogador. Sua admiração foi construída vendo o craque nas quadras defendendo o Los Angeles Lakers, único time da carreira de 20 anos.
— É de uma geração depois da minha. Pude assisti-lo e os olhos da gente se enchiam de satisfação de vê-lo jogar de uma maneira tão brilhante e determinada. Foi uma perda. Quando recebi a notícia eu falei "nossa, meu Deus, como assim?" — relembra, e completa:
— Os nossos ídolos não podem morrer de uma maneira tão trágica, e tão cedo. Fica aqui a nossa tristeza. Até agora, parece que a ficha não caiu.
Ciclo olímpico
Medalhista de prata na Olimpíada de Atlanta, em 1996, campeã mundial em 1994 e do pan em 1991, Hortência segue acompanhando os times brasileiros de basquete como comentarista dos canais SporTV. Para os jogos de 2020, em Tóquio, a ex-jogadora acredita que o Brasil possa sair com um bom desempenho, porém sem um planejamento para resultados de longo prazo.
— Temos uma previsão muito boa de medalhas para este ano. Acho que ainda é resquício do projeto que foi feito para a Olimpíada de 2016, no Rio. É fruto disso, ainda. Meu medo é para a outra Olimpíada. Acho que em 2024 vamos ter problemas sérios, porque projeto contínuo no Brasil não anda bem. Perdemos até o ministério do esporte — lamenta a ex-jogadora.
O time feminino de basquete do Brasil disputa o pré-olímpico a partir do próximo dia 6 de fevereiro, em Bourges, na França, onde enfrenta Porto Rico, às 14h. Depois, encara as donas da casa no dia 8, às 16h30min, e encerra contra a Austrália, dia 9, às 10h. O torneio dá três vagas para a Olimpíada de Tóquio.