Kobe Bryant foi gigante do início até o fim. No início, decidiu que queria jogar no Los Angeles Lakers e deixar sua marca em uma das franquias mais tradicionais da NBA. Foi escolhido pelo Charlotte Hornets e imediatamente trocado para brilhar na Califórnia. Foram temporadas seguidas de basquete em alto nível, títulos e uma história que não se apaga.
No fim, encerrou o capítulo da trajetória profissional com um jogo de 60 pontos para dar um ponto final a uma carreira que já não tinha nos últimos anos o brilho de outros tempos, mas que teve na partida derradeira um lembrete do talento que pisava a quadra.
Kobe não era um ser humano perfeito. Envolveu-se em polêmicas fora das quadras e teve crises de relacionamento no vestiário.
Mas é o talento que o faz ser inesquecível. Foi dele que se originaram os cinco anéis da NBA e as duas medalhas de ouro olímpicas. O talento — não suficiente para colocá-lo no mesmo patamar de Michael Jordan, mas grande o bastante para que a comparação fosse inevitável — fez com que Kobe se tornasse o símbolo de uma geração.
Em sua última publicação nas redes sociais, Kobe passou a tocha para LeBron James, que havia ultrapassado a sua pontuação na carreira. Foi como se tivesse, também, o talento de dizer adeus.