Sob o comando de Gustavo Alfaro, o Boca Juniors é líder do Campeonato Argentino e semifinalista da Libertadores. Ainda assim, o técnico chega para o confronto decisivo desta terça-feira (22), contra o River Plate, com a corda no pescoço. E ele sabe disso.
— É o jogo mais importante da minha vida. Mais do que sair campeão de copas internacionais, pelo significado, pela transcendência e pelo que representa, pelo rival e pelo que ele significa, este é o mais importante da minha vida. Assim eu estou vivendo e assim vou encará-lo — declarou o treinador depois de escalar reservas e ser derrotado pelo Racing, pela 10ª rodada do Campeonato Argentino.
A pressão sobre o treinador se intensificou a partir da derrota por 2 a 0, no jogo de ida, no Monumental de Núñez. Por isso, para chegar à final do torneio continental, o Boca precisará fazer um placar mais elástico na Bombonera e se vingar pela perda do título para o próprio rival no ano passado.
— Aqui discutiram o trabalho de Bianchi (técnico tricampeão da Libertadores com o Boca). O que sobra para os demais mortais? Eu sabia que ia ser avaliado e discutido desde o primeiro dia. Lamentavelmente, nós, como sociedade, somos mais “resultadistas”. Mas sabemos tudo que estamos fazendo. Nos davam como mortos nas oitavas de final, nas quartas e aqui estamos, na semifinal. Enquanto tivermos chance de nos colocarmos de pé, vamos seguir lutando — comentou o comandante xeneize.
Aos 57 anos, Alfaro também tem no Boca o maior desafio de sua carreira, quando foi contratado no início da temporada para substituir Guillermo Barros Schelotto. Até então, só havia trabalhado em equipes menores e teve como grande feito o título da Copa Sul-Americana de 2007 com o Arsenal de Sarandí.