Brasil e Peru decidirão o título da Copa América 2019, no próximo domingo (4), no Maracanã. A partida será um reencontro das duas seleções que se enfrentaram na fase de grupos, em São Paulo, quando a equipe de Tite derrotou a de Ricardo Gareca, por 5 a 0.
E a atual seleção peruana tem uma forte ligação com o futebol brasileiro. Dos 23 convocados para o torneio, três jogam no Brasil e outros dois já defenderam equipes do país. Além deles, o técnico Gareca também trabalhou por aqui.
O mais conhecido e com melhores resultados é sem dúvida Paolo Guerrero. Maior artilheiro da história da seleção peruana, com 38 gols marcados, o camisa 9 já foi ídolo das duas maiores torcidas brasileiras.
Contratado pelo Corinthians, em julho de 2012, ele foi o autor dos dois gols mais importantes da história do clube, contra Al-Ahly, do Egito, e Chelsea, no Mundial daquele mesmo ano. O Timão era treinado por Tite, hoje técnico da Seleção Brasileira, e também contava com Cássio, hoje um dos reservas de Alisson. Guerrero permaneceu em São Paulo até maio de 2015 e, em 130 jogos, marcou 54 gols.
Após não acertar sua renovação, ele foi anunciado pelo Flamengo em julho de 2015. Não obteve grandes títulos, mas em 112 jogos balançou as redes em 43 oportunidades. O problema de doping, antes da Copa do Mundo de 2018, acelerou sua saída do clube.
Do Rio de Janeiro para Porto Alegre: Paolo Guerrero desembarcou no Inter em agosto de 2018, mas ficou impedido de jogar até abril deste ano. Até agora foram nove gols em 13 partidas que já o tornaram ídolo da torcida colorada.
Organizador da seleção peruana, Christian Cueva defende o Santos desde fevereiro. Até agora, entrou em campo 15 vezes e ainda não marcou. Anteriormente, o meia atuou pelo São Paulo, de junho de 2016 a julho de 2018. No tricolor paulista, foram 87 partidas e 20 gols.
Miguel Trauco não é titular absoluto do Flamengo, onde se reveza com Renê. No clube carioca desde dezembro de 2016, o lateral-esquerdo acumula 73 partidas e quatro gols com a camisa rubro-negra.
Autor do segundo gol da vitória do Peru sobre o Chile, na semifinal, o volante Yotún teve passagem apagada pelo Vasco em 2013, ano em que o clube amargou o segundo rebaixamento de sua história. Em São Januário, fez 31 jogos e não marcou um gol sequer.
Já o lateral-direito Advíncula, conhecido por sua velocidade, teve passagem relâmpago pelo Brasil. Contratado em julho de 2013, ele permaneceu por apenas três meses na Ponte Preta. Depois de seis atuações, foi dispensado pela equipe de Campinas com a mesma rapidez que ele costuma deixar para trás seus marcadores.
Técnico que já entrou para a história do futebol do Peru ao dirigir a equipe que se classificou para disputar a Copa do Mundo de 2018 após 36 anos de ausência, o argentino Ricardo Gareca foi contratado pelo Palmeiras em maio de 2014. Contestado, ficou até setembro daquele ano e deixou o clube paulista com apenas quatro vitórias em 13 jogos, além de oito derrotas e um empate.
Portanto, o Maracanã não será novidade para os peruanos, que até nesta edição já atuaram no templo do futebol mundial, na vitória de 3 a 1 sobre a Bolívia. E para quem espera uma nova goleada brasileira, Trauco deixou um recado, após a vitória sobre o Chile.
— Todos ficamos muito tristes depois da derrota para o Brasil. Mas aprendemos, ganhamos forças e agora estamos prontos para fazer o nosso melhor — garantiu o lateral.
A decisão da Copa América está marcada para o domingo (7), às 17h, no Estádio do Maracanã. Os brasileiros lutam pelo nono título e os peruanos, pelo terceiro.