O tema de entrevista coletiva de Tite após a vitória sobre o Catar por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (6), em Brasília, não poderia ter sido outro: o atacante Neymar. Foi difícil encontrar uma brecha para analisar a partida. Em sua primeira manifestação, o técnico gaúcho já tratou de rechaçar a possibilidade de cortar o principal jogador do Brasil — além da acusação de estupro, o atacante deixou a partida mais cedo devido a uma entorse no tornozelo esquerdo.
— Não. O Neymar é um jogador diferente, eu vou querer tê-lo até a ultima situação dentro da equipe pela qualidade técnica dele. Não vou abrir mão. Exceto alguma coisa excepcional — disparou.
Sobre a gravidade da lesão do camisa 10, o comandante acredita não se tratar de algo que cause preocupação. Mas deixou claro que ainda não tem o resultado dos exames do atleta.
— Só vi no intervalo que o tornozelo estava inchado. O problema de lesão não deve ser ou, pelo menos, eu torço para que não seja grave. Fico na torcida para que ele não tenha condições de ficar muito tempo fora e voltar rápido — revelou.
Após forte pressão da imprensa sobre uma possível possibilidade de corte, Tite driblou para revelar o nome de um substituto, mas afirmou ser muito complicado projetar resultados na Copa América sem Neymar.
— É muito difícil fazer um exercício de projeção. Mas a equipe trouxe hoje a criatividade que nos outros amistosos não teve. Ela fez um primeiro impressionante nesse aspecto. Brasil propunha jogar e marcar alto. Teve 45 minutos de intensidade. Houve erro de finalizações. Foi caindo um pouco, não dá para manter pressão alta o tempo todo. Mas sem ter grandes chances do Catar — analisou a partida.
A Seleção Brasileira viaja a Porto Alegre na tarde desta quinta-feira (6). O último teste da equipe de Tite, antes da disputa da Copa América, será contra Honduras, no Beira-Rio, às 16h de domingo (9).
