Indicado para fazer parte da comissão provisória interna do Cruzeiro que vai avaliar as denúncias feitas contra dirigentes do clube, Márcio Antônio Camillozzi Marra foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (5), em Belo Horizonte. De acordo com o site Globoesporte.com, ele é suspeito de retirar documentos sigilosos do sistema da própria PF.
Outras três pessoas foram presas junto a Camillozzi na operação. Um deles, Ildeu da Cunha Pereira, também é conselheiro do Cruzeiro e já fez parte da direção jurídica do clube.
O Cruzeiro é alvo de uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, que foi aberta após denúncias sobre lavagem de dinheiro, falsidade de documentos e falsidade ideológica durante a atual administração, do presidente Wagner Pires de Sá, que tomou posse em dezembro de 2017. O clube acumula R$ 500 milhões em dívidas.
A polícia investiga que o clube tenha cedido percentuais de 10 jovens — menores de 18 anos — das categorias de base para quitar uma dívida de quase R$ 2 milhões com um empresário. Além de ser considerado crime negociar o trabalho de um menor de idade, o repasse de direitos econômicos de atletas é proibido pela Fifa.
Após analisar o balanço analítico contábil referente ao ano de 2018, a polícia suspeita de pagamentos superfaturados ou sem a prestação de serviços feitos pelo clube.