A primeira fase da Copa América terminou na noite de segunda-feira (24), com a definição dos oito classificados para as quartas de final. Das 12 seleções que começaram o torneio, Equador, Bolívia e os convidados Japão e Catar já fazem as malas para retornar para casa.
Dois oito campeões das 45 edições já realizadas, apenas os bolivianos (1963) não seguem na disputa pelo título. Entre os finalistas, somente a Venezuela nunca disputou a decisão da competição criada em 1916, que tem o Uruguai, com 15 troféus, como seu maior vencedor.
Única seleção com 100% de aproveitamento, a Colômbia foi a dona da melhor campanha da fase de grupos. A equipe comandada pelo português Carlos Queiroz venceu Argentina (2 a 0), Catar (1 a 0) e Paraguai (1 a 0) e ainda se deu ao luxo de utilizar 22 jogadores. Do grupo de 23 convocados, apenas o terceiro goleiro, Camilo Vargas, não entrou em campo. O pior desempenho ficou com a Bolívia, do ex-gremista Marcelo Moreno, que perdeu para Brasil (3 a 0), Peru (3 a 1) e Venezuela (3 a 1), e deixa o Brasil com o último lugar na classificação geral.
Nas 18 partidas disputadas, foram marcados 46 gols, com média de 2,55 por jogo. Destes, dois foram contra e seis em cobranças de pênalti. Duas penalidades foram defendidas. O melhor ataque ficou com a Seleção Brasileira, que balançou as redes em oito oportunidades. Bolívia, Catar e Equador, com dois gols, foram os piores ataques. Nove jogadores dividem a artilharia, com dois gols: Philippe Coutinho e Everton (Brasil), Machís (Venezuela), Duván Zapata (Colômbia), Cavani e Luis Suárez (Uruguai), Eduardo Vargas e Alexis Sánchez (Chile) e Miyoshi (Japão).
Brasil e Colômbia são os únicos que não sofreram gol, sendo que Alisson é o goleiro menos vazado, já que atuou nas três rodadas, enquanto os colombianos utilizaram Ospina em dois jogos, e Montero em um. A pior defesa foi a boliviana, com nove gols contra, todos sofridos por Carlos Lampe.
O troféu Fair Play da fase classificatória ficou com o Uruguai. Os comandados de Óscar Tabárez receberam apenas três cartões amarelos, do total de 72 distribuídos, média exata de quatro por partida. Apenas três expulsões foram registradas — duas do Equador e uma da Venezuela, que também teve três jogadores amarelados. O maior número de amarelos ficou com o Catar, que recebeu 11 advertências. Nos 18 jogos, a Conmebol escalou 17 árbitros. Somente o chileno Julio Bascuñán atuou em dois confrontos: Brasil 0x0 Venezuela e Catar 0x2 Argentina.
A equipe mais faltosa da primeira fase foi o Chile. Os atuais bicampeões cometeram 55 faltas (18,3 por jogo) contra Japão, Equador e Uruguai. A equipe que menos infrações fez foi a Bolívia, com 29. Se são os que mais faltas cometem, os chilenos também lideram o ranking dos mais caçados. Sánchez, Vargas, Aránguiz e companhia foram derrubados 56 vezes pelos adversários.
Dono do melhor ataque, o Brasil é quem mais finalizou. O time de Tite arrematou 54 vezes nas partidas contra Bolívia, Venezuela e Peru, uma média de 18 por partida. Destas conclusões, 24 tiveram a direção do gol, o maior número entre os 12 participantes da Copa América. Os que menos concluíram foram Bolívia e Catar, com apenas 20 tentativas de marcar gols. O pior aproveitamento ficou com os bolivianos que só acertaram a "casinha" em oito oportunidades.
Se a bola aérea é considerada uma arma, a Seleção Brasileira foi quem mais teve chances de marcar em cobranças de escanteio. Nos três confrontos disputados, os donos da casa tiveram 24 a seu favor, três a mais que o Uruguai. A Bolívia só teve quatro cobranças.
Grande polêmica desde a primeira rodada, o preço dos ingressos ficou com o valor médio de R$ 239,72 por partida. Os mais caros, na média, foram registrados em Brasil 3x0 Bolívia, no Morumbi, quando o valor ficou em R$ 485,01 por torcedor pagante. Já os mais baratos foram vendidos em Equador 1x1 Japão, no Mineirão, quando cada entrada custou apenas R$ 39,55. No total, a primeira fase teve 462.647 pagantes, que deixaram R$ 110.905.856,00 nas bilheterias. As médias foram de R$ 6.161.436,44 e 25.702 espectadores, por partida.
Confira os números da Copa América:
Gols marcados: 46 (2,55 por jogo)
Artilheiros: Philippe Coutinho e Everton (Brasil), Machís (Venezuela), Duván Zapata (Colômbia), Cavani e Luis Suárez (Uruguai), Eduardo Vargas e Alexis Sánchez (Chile) e Miyoshi (Japão)
Melhor ataque: Brasil - 8 gols marcados
Piores ataques: Bolívia, Catar e Equador - 2 gols marcados
Melhores defesas: Brasil e Colômbia - nenhum gol sofrido
Pior defesa: Bolívia - 9 gols sofridos
Pênaltis: 8 ( convertidos: 6 e defendidos: 2)
Goleiros menos vazados: Alisson (Brasil) - 0 (3 jogos); Ospina (Colômbia) - 0 (2 jogos) e Montero (Colômbia) - 0 (1 jogo)
Goleiro mais vazado: Lampe (Bolívia) - 9 (3 jogos)
Cartões amarelos: 72 (média de 4 por jogo)
Mais cartões amarelos: Catar 11
Menos cartões amarelos: Uruguai e Venezuela 3
Cartões vermelhos: 3 (média de 0,16 por jogo)
Mais cartões vermelhos: Equador 2 e Venezuela 1
Árbitro com mais atuações: Julio Bascuñán (Chile) - 2 jogos e 8 cartões amarelos
Jogo com mais cartões: Equador 1 x 2 Chile - 9 amarelos e 1 vermelho, apitado por Patricio Lostau (Argentina)
Total de faltas: 538 (29,88 por jogo)
Mais faltas cometidas: Chile 55 (18,33 por jogo)
Mais faltas sofridas: Chile 56 (18,66 por jogo)
Conclusões: 418 (23,22 por jogo)
Conclusões no gol: 198 (11 por jogo)
Conclusões para fora: 220 (12,22 por jogo)
Escanteios: 160 (8,88 por jogo)
Mais escanteios a favor: Brasil 24 (8 por jogo)
Menos escanteios contra: Brasil 6 (2 por jogo)
Impedimentos: 56 (3,11 por jogo)
Maior número de impedimentos: Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela 7 (2,33 por jogo)
Menor número de impedimentos: Argentina, Bolívia e Japão 2 (0,66 por jogo)
Arrecadação: R$ 110.905.856,00 (média: R$ 6.161.436,44)
Maior renda: R$ 22.476.630,00 (Brasil 3 x 0 Bolívia - Morumbi)
Menor renda: R$ 301.525,00 (Equador 1 x 1 Japão - Mineirão)
Média dos ingressos: R$ 239,72
Público pagante: 462.647 (média: 25.702)
Maior público pagante: 49.275 (Chile 0 x1 Uruguai - Maracanã)
Menor público pagante: 4.640 (Bolívia 1 x 3 Venezuela - Mineirão)
Público total: 517.728 (média: 28.762)
*Não foram divulgados os públicos totais de Paraguai 2 x 2 Catar (Maracanã), Uruguai 4 x 0 Equador (Mineirão) e Japão 0 x 4 Chile (Morumbi)
**Foram utilizados os números dos relatórios oficiais da Conmebol