Pouco depois do anúncio da morte do jornalista Rafael Henzel, o presidente da Chapecoense, Plinio David de Nes Filho, concedeu entrevista ao programa Estúdio Gaúcha e falou sobre a perda do narrador, que foi um dos sobreviventes da queda do avião que vitimou profissionais de imprensa e grande parte do elenco da Chapecoense, em 2016, na Colômbia.
— É uma noite muito triste para todos nós, especialmente para aqueles que viviam diariamente com o Rafael, através de seus programas no rádio. Uma pessoa que amava o futebol. Que sofreu um trágico acidente aéreo, que sobreviveu e que passou a divulgar, pelo mundo a fora, como é a vida. Me encontrei com ele no domingo (24), e ele estava muito feliz. E hoje recebemos essa triste notícia. Não temos muitas palavras — lamentou.
Aos 45 anos, Henzel morreu enquanto disputava uma partida de futebol com amigos, vítima de um infarto.
— Foi um soldado. Batalhou, até o dia de hoje, pela sobrevivência do nosso clube. Todos nós, aqui em Chapecó, estamos entristecidos. A gente fica realmente abalado — afirmou Plinio, que completou:
— Eu solicitei agora há pouco, não sei se teremos êxito, a possibilidade do adiamento desta partida (Chapecoense x Criciúma, nesta quarta-feira, 27). Eles ficaram de nos comunicar. É um dever, uma obrigação da gente. O clima é muito pesado, é muito triste. Por isso, pedi a eles o adiamento do jogo. Embora eles tenham me alertado das dificuldades de realizar este desejo por causa de questões protocolares — finalizou.