Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo. Nenhum dos quatro grandes liderou a primeira fase do Paulistão. Com 27 pontos, tendo perdido apenas uma das 12 partidas realizadas no ano, o Red Bull Brasil terá a vantagem de decidir em casa os confrontos de mata-mata a partir de sábado (23), quando encara os santistas. Além disso, ostenta o zagueiro Léo Ortiz na seleção do campeonato, elaborada pelo site Footstats. Revelado na base do Inter, no ano que o clube disputou a Série B do Brasileirão, o atleta de 23 anos dá a volta por cima depois de ter sido emprestado ao Sport na última temporada e mira voos maiores para o segundo semestre.
Como recebeu a notícia de que você está na seleção do campeonato?
É fruto de um trabalho que venho fazendo e dos objetivos que o clube traçou. A gente vem desenvolvendo isso desde a pré-temporada, vem fazendo um bom campeonato, e isso ajuda na individualidade também.
Qual o principal fator que explica o Red Bull ter a melhor campanha da primeira fase do Paulistão, à frente dos quatro grandes do Estado?
Para muitos é uma surpresa, mas já são 10 jogos sem perder. Quem acompanhou o trabalho sabe que não é uma surpresa. É o fruto de um trabalho da comissão técnica e da mentalidade do clube, que quer crescer no Brasil como cresceu na Alemanha e Áustria. Neste ano, eles investiram mais. Também temos um grupo de jogadores que quer buscar de novo espaço no cenário do futebol. Então, isso favorece a todos.
Vocês vêm jogando no estádio da Ponte Preta. Como é a estrutura do clube?
Tem um centro de treinamentos de nível de Série A, que fica na cidade de Jarinu, perto de Jundiaí. Mas nossa casa é no Moisés Lucarelli, que fica em Campinas. Por ter familiares que moram em São Paulo, para ficar mais perto da família e ter uma parceria, eu moro com eles. Dá cerca de uma hora e 15 minutos do local onde a gente treina.
O técnico de vocês é o Antônio Carlos Zago, que treinou o Inter em 2017. Foi ele quem pediu a sua contratação?
Foi ele quem me subiu da base no Inter. Quando chegou ao Red Bull, no final do ano passado, me ligou e apresentou o projeto. Tenho um carinho muito grande por ele, fico muito feliz por ter me procurado, até porque é uma pessoa que foi um exemplo na profissão. Conviver com ele e pegar dicas é muito importante para minha carreira.
Você surgiu bem no Inter, mas acabou não tendo continuidade. Por que você acha que isso aconteceu? Faltou paciência?
Era um ano complicado, vindo de outro ano ainda mais difícil, atípico para a torcida que nunca tinha vivido isso (rebaixamento). Então, para um garoto, estrear assim é complicado. Não sei se faltou paciência, mas foi tudo muito rápido. Tive uma estreia muito boa, que criou uma expectativa, assim como se criou com o Charles. Isso pesou um pouco, mas hoje já me sinto mais experiente e consigo entender mais o que aconteceu. Fico mais tranquilo. Penso que aquilo passou e tenho que viver o que está acontecendo agora.
Você tem contrato com o Inter até quando? Quais são os planos para o futuro?
Estou emprestado ao Red Bull até o final do Paulistão e tenho contrato com o Inter até o final do ano. A gente sabe que quando um clube menor desponta nos Estaduais, sempre vêm propostas. Mas já pedi ao meu empresário para que espere um pouco, para conversarmos só depois do Paulista, para eu ficar focado nos mata-matas.
Nas quartas de final, o Red Bull vai enfrentar o Santos, do Sampaoli. Como vê este confronto?
Vai ser um dos confrontos mais interessantes das quartas de final, porque são dois times que fizeram boas campanhas. O Sampaoli apresenta um futebol diferente, que não estamos acostumados no Brasil. É um time que ataca muito, então a gente tem que estar preocupado em defender, mas não pode perder nossa essência, que é de tocar a bola e fazer muitos gols. Acho que vai ser um jogo bem bom de olhar e esperamos passar por eles.