Com a estreia do Mundial de Clubes nesta quarta-feira (12), começa também o sonho de sete brasileiros de conquistar o torneio nos Emirados Árabes Unidos. Para alguns, uma missão praticamente impossível. Para outros, a chance de repetir um feito. O resultado final só será conhecido no dia 22 de dezembro.
O primeiro atleta nascido no Brasil a entrar em campo é o atacante Caio Fernandes. Revelado nas categorias de base do São Paulo, o jogador de 24 anos fez toda sua carreira profissional no Exterior. Desde 2016, defende o Al Ain, pelo qual foi campeão dos Emirados Árabes na metade do ano e, com isso, terá a chance de jogar "em casa".
No mesmo estádio em que o Grêmio venceu o Pachuca, em 2017, os anfitriões encaram o Team Wellington, da Nova Zelândia, às 13h30min (horário de Brasília). Se alcançar o título mundial parece um objetivo mais difícil para o clube árabe, Caio tem um desafio pessoal: impressionar os olheiros do Porto, de Portugal, que estarão lhe observando.
Curiosamente, antes de se transferir para o Oriente Médio, Caio defendeu o Kashima Antlers, do Japão, equipe que estreia na competição no próximo sábado (15), às 11h, pelas quartas de final, contra o Chivas Guadalajara, do México. Aliás, o campeão asiático é quem tem o maior número de brasileiros na delegação.
Além do coordenador técnico Zico (que foi campeão mundial como atleta, em 1981, com a camisa do Flamengo), três jogadores nasceram por aqui. Um deles, inclusive, bem conhecido da torcida gremista: o atacante Leandro. Os outros são o volante Leo Silva, ex-Cruzeiro e Botafogo, e o meia Serginho, que há bem pouco tempo defendia o América-MG.
— O Brasil tem uma grande história nessa competição. Nós quase tivemos duas equipes na final da Libertadores. Mas comigo, Leo, Leandro e os grandes brasileiros do Real Madrid, o Brasil estará bem representado. E em todo lugar que vou, minha bandeira também vai — disse Serginho em entrevista ao site da Fifa. — No início de 2018, não poderia acreditar que isso aconteceria. Então, o Zico me viu jogar contra o Flamengo no Rio. Ele começou a me seguir, me recomendou e o Kashima fez uma oferta. Eu estava entusiasmado por ter sido recomendado por um ídolo como o Zico — completou.
Mas, antes que alguém pense que o time japonês não tem a mínima chance, vale a lembrança: em 2016, ele quase surpreendeu o grande Real Madrid na decisão. Depois de eliminar os colombianos do Atlético Nacional de Medellín, o campeão asiático chegou a estar vencendo o gigante europeu, mas sofreu o empate e acabou derrotado na prorrogação.
Dois brasileiros estiveram em campo naquela ocasião: o lateral-esquerdo Marcelo e o volante Casemiro. Além do título de 2016, os dois também ergueram a taça em 2017, ao bater o Grêmio em Abu Dhabi. Agora, a novidade na delegação espanhola é o jovem Vinícius Júnior, recentemente contratado junto ao Flamengo.
O Brasil será representado também na arbitragem, com Wilton Pereira Sampaio e os auxiliares Rodrigo Corrêa e Bruno Boschillia.