A comissão técnica da Seleção Brasileira trabalha com uma convicção, que é a manutenção da base da Copa do Mundo para o projeto de preparação para a próxima Copa América. É possível dizer até que o time de 2019 terá a cara da equipe da Rússia, apenas com alguns ajustes.
O entendimento é que todo o trabalho até aqui foi bem feito, desde a recuperação nas eliminatórias até a campanha no Mundial, com a eliminação nas quartas de final, diante da Bélgica. Assim, o projeto está sendo mantido, apenas com a colocação de alguns novos nomes, dentro de uma ideia de renovação sendo feita aos poucos, e sem pressa.
Em todas as entrevistas de integrantes da comissão técnica e jogadores, se fala sempre sobre a tristeza da eliminação no jogo de Kazan, mas todos ressaltam com orgulho do trabalho desenvolvido, com a certeza que a Seleção está no caminho certo.
As convocações após o Mundial deixam claro este pensamento. No último jogo, contra a Argentina, na Arábia Saudita, dez dos 11 titulares estavam na Rússia. Apenas Arthur foi a novidade.
A projeção de time para enfrentar o Uruguai, nesta sexta-feira, em Londres, prevê nove atletas do Mundial. Aliás, nesta convocação, 13 dos 23 nomes eram do grupo de trabalho anterior. O número só não é maior porque Marcelo, Casemiro e Philippe Coutinho se lesionaram.
Claro que o espaço está aberto para novidades. E isto está sendo tratado com todo o cuidado pela comissão técnica. Três nomes despontam com força. Arthur, que já é uma peça importante no esquema, Lucas Paquetá, que só não está nesta convocação por causa da reta final do Brasileirão, e Richarlison, nome certo nas próximas listas.
E será desta maneira que Tite pretende trabalhar. Renovando a Seleção, mas aos poucos, sem pressa. A intenção é ter um time experiente na Copa América. Antes de 2022, a equipe de 2019 ainda será bem parecida com a de 2018.