Para celebrar os 30 anos do slogan "Just Do It", a Nike criou uma publicidade voltada para o mercado norte-americano com o jogador de futebol americano Colin Kaepernick, que ganhou notoriedade em 2016 por protagonizar campanha em que ajoelhava durante o hino dos Estados Unidos em protesto contra a violência policial sobre cidadãos negros. O anúncio traz Kaepernick com a frase "Acredite em algo, mesmo que signifique sacrificar tudo", seguida da hashtag "Just Do It", slogan que pode ser traduzido como "apenas faça".
A campanha, porém, não foi bem aceita por todos nas redes sociais nos Estados Unidos. Para diversos americanos, é imperdoável praticar qualquer tipo de protesto durante o hino e que tal fato deveria ser condenado. Então, os defensores desta ideia começaram a viralizar fotos e vídeos queimando, destruindo e retirando logos da Nike de suas roupas.
O cantor de música country John Rich foi uma das pessoas que divulgaram imagem de um produto cortado. "Nosso técnico de som acabou de cortar a marca Nike de suas meias. Ex-fuzileiro. Prepare-se Nike, multiplique isso por milhões", escreveu em sua conta no Twitter, destacando o elo entre o hino norte-americano e o militarismo no país.
Por outro lado, internautas também afirmam que compraram itens da marca em apoio à iniciativa. "Imediatamente comprei tênis novos", comentou uma usuária do Twitter.
Processo contra a NFL
Kaepernick move uma ação judicial contra a NFL alegando conluio. Segundo a acusação do ex-quarterback do San Francisco 49ers, a liga e suas franquias conspiraram para que ninguém mais contratasse o jogador — ele está fora da liga desde 2016 depois de ter jogado no 49ers por seis temporadas.