O jornal El País Brasil revelou, em sua edição online nesta quarta-feira, o paradeiro de José Alzir Flor da Silva, ex-coordenador da base do Grêmio que está foragido desde 2016 por conta de assédio sexual contra três jogadores que tinham menos de 14 anos à época.
Já condenado em segunda instância e com mandado de 10 anos e meio de prisão em regime fechado expedido pela 1ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, José Alzir vive em Ciudad del Este, no Paraguai. Lá, segue trabalhando com a captação de jovens, ocupando o cargo de gerente de futebol no Club Atlético 3 de Febrero, que disputa a primeira divisão paraguaia.
O El País compara o caso ao do ex-técnico da seleção masculina de ginástica artística, Fernando de Carvalho Lopes, acusado de praticar assédio sexual a vários atletas. A publicação também lembra que José Alzir foi investigado e condenado por crimes cometidos entre 2008 e 2009. Por conta do caso, foi demitido por justa causa do Grêmio em 2010.
"De acordo com depoimentos das vítimas e testemunhas do Grêmio, ele tomava banho e dormia com os garotos no alojamento, que abrigava cerca de 80 jogadores nas dependências do antigo estádio Olímpico", cita a reportagem do El País.
Localizado no Paraguai, José Alzir, 55 anos, concedeu entrevista ao El País e negou que tenha praticado assédio contra os garotos do Grêmio. No entanto, admitiu que agrediu um dos jogadores que tinha 13 anos à época.
— Cometi esse erro. Mas aí transformaram em outra coisa — disse Alzir.
Ainda segundo o El País, o ex-coordenador da base do Grêmio diz desconhecer o mandado de prisão da 1ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre. Mas diz que, se notificado, se entregará às autoridades.
— Lei é lei. Vou respeitar o que a Justiça determinar — disse o ex-coordenador ao El País.