O atacante brasileiro Robinho, do Atlético Mineiro, foi condenado nesta quinta-feira na Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo, anunciou a imprensa italiana.
O caso aconteceu em janeiro de 2013, quando Robinho defendia o Milan. Um tribunal da cidade lombarda declarou o brasileiro culpado por estupro coletivo de uma jovem de 22 anos de nacionalidade albanesa.
Cinco amigos do atleta brasileiro eram acusados no mesmo processo. Um deles também foi condenado a nove anos de prisão, enquanto o julgamento dos outros quatro foi suspenso porque estão foragidos da justiça.
Segundo o jornal Corriere Della Serra, Robinho e seus cinco amigos teriam feito a jovem beber "ao ponto de ficar inconsciente e incapaz de resistir". Em seguida, teriam tido "múltiplas e consecutivas relações sexuais" com a jovem.
O tribunal de Milão também ordenou aos condenados o pagamento de uma indenização de 60.000 euros (71.000 dólares) à vítima.
Após receber a notícia, o staff de Robinho defendeu o jogador em nota publicada nas contas nas redes sociais Instagram e Facebook, e lembrou que a decisão foi tomada em primeira instância. E seu advogado anunciou que já iniciou o procedimento para um recurso de apelação.
"Sobre a notícia envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclarecemos que ele já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio", diz a nota.
"Adotamos todas as medidas legais sobre esta decisão em primeira instância", completou o advogado.
O promotor solicitou uma pena de dez anos de prisão para Robinho.
A justiça italiana permite vários níveis de recurso e nenhuma sentença poderá ser aplicada até que o processo seja concluído.
A sentença permanece em suspenso enquanto são examinados os recursos.
Esta não é a primeira vez que Robinho é confrontado com este tipo de acusação. Em 2009, o jogador foi acusado por uma jovem de abuso sexual numa boate em Leeds, no norte da Inglaterra.
Robinho, que na época jogava no Manchester City, sempre se declarou inocente e foi liberado após pagamento de fiança. Após a investigação, o ex-santista foi declarado inocente.
* AFP