O TJD julgou procedente a ação proposta pela Procuradoria e eliminou o Passo Fundo da Série Prata do Estadual de futsal nesta segunda-feira. O clube do Norte foi considerado culpado pela confusão na partida contra o Parobé pela semifinal da competição. Assim, o Parobé está garantido na Liga Gaúcha, a elite da modalidade no Rio Grande do Sul. O Passo Fundo vai recorrer da decisão ao pleno do tribunal.
A confusão ocorreu em 28 de outubro no ginásio Capingui. A partida foi suspensa aos 13 minutos do segundo tempo, quando os visitantes ganhavam por 1 a 0. Na ida, o Passo Fundo havia vencido, o que lhe dava a possibilidade de até perder no tempo normal e empatar a prorrogação para avançar à final — e, consequentemente, à Primeira Divisão.
Os visitantes venciam por 1 a 0 quando o árbitro Telmo Teixeira expulsou o técnico do Parobé, José Francisco da Silva, por empurrar Nuno, do Passo Fundo. Nuno também foi o personagem da segunda confusão, quando foi atingido, de acordo com a súmula, pelo braço de Luis Henrique, do Parobé. Segundo o documento, o lance ocorreu em frente ao banco dos donos da casa, causando um "princípio de tumulto". Neste momento, Willian, do Parobé, invadiu a quadra e deu um soco em Tulio, do Passo Fundo. A cena foi o estopim para a entrada de seguranças particulares, contratados pela equipe passo-fundense para cuidar do ginásio, que entraram em conflito com jogadores do Parobé.
Na confusão, o atleta Saraiva, do Parobé, teve um corte no supercílio. Imagens das câmeras de transmissão, porém, mostraram que ele escorregou e caiu com a cabeça no chão. O representante do jogo pela Federação Gaúcha de Futsal, Marcel Chagas, acionou a Brigada Militar, que chegou ao ginásio 58 minutos depois do chamado. A BM não deu garantias de segurança e a partida foi interrompida.