A confusão que paralisou a Série Prata de futsal será definida pelos advogados. O Tribunal de Justiça Desportiva julgará na segunda-feira o caso da briga entre Passo Fundo e Parobé, que suspendeu a partida aos 13 minutos do segundo tempo, no ginásio Capingui, em Passo Fundo, quando os visitantes ganhavam por 1 a 0. A denúncia, oferecida pelo procurador Alberto Franco, pede que o placar do tempo normal seja mantido e que o Parobé seja declarado vencedor também da prorrogação, garantindo-se na decisão da competição. O pedido de punição está baseado no artigo 203, sobre "dar causa ao encerramento do jogo".
A partida ocorreu no sábado passado, válida pela semifinal. A ida teve vitória do Passo Fundo, o que dava à equipe a possibilidade de até perder no tempo normal e empatar a prorrogação para avançar à final _ e, consequentemente, à Primeira Divisão. Os visitantes venciam por 1 a 0 quando o árbitro Telmo Teixeira expulsou o técnico do Parobé, José Francisco da Silva, por empurrar Nuno, do Passo Fundo.
Nuno também foi o personagem da segunda confusão, quando foi atingido, de acordo com a súmula, pelo braço de Luis Henrique, do Parobé. Segundo o documento, o lance ocorreu em frente ao banco dos donos da casa, causando um "princípio de tumulto". Neste momento, Willian, do Parobé, invadiu a quadra e deu um soco em Tulio, do Passo Fundo. A cena foi o estopim para a entrada de seguranças particulares, contratados pela equipe passo-fundense para cuidar do ginásio, que entraram em conflito com jogadores do Parobé.
Na confusão, o atleta Saraiva, do Parobé, teve um corte no supercilho. Imagens das câmeras de transmissão, porém, mostraram que ele escorregou e caiu com a cabeça no chão.
O representante do jogo pela Federação Gaúcha de Futsal, Marcel Chagas, acionou a Brigada Militar, que chegou ao ginásio 58 minutos depois do chamado. A BM não deu garantias de segurança e a partida foi interrompida.
Em nota, o Passo Fundo repudiou os "atos isolados que resultaram na suspensão da partida". O clube criticou a atitude do técnico e do jogador Luis Henrique, ambos do Parobé, além dos seguranças envolvidos na briga. Segundo eles, essa equipe trabalha há dois anos no ginásio e nunca havia ocorrido qualquer problema.
O Parobé criticou "a imprensa de Passo Fundo" que, na ótica deles, teria "justificado agressões com argumentos descabidos de que os atletas da APF que iniciaram a confusão". A associação diz "não ter nada a esconder" e aguarda o pronunciamento da FGFS e do TJD para apresentar a versão do caso.