Desde o dia 26 de outubro a vida de Zeca não é mais a mesma. A partir do momento em que o Santos foi notificado judicialmente de que o lateral-esquerdo buscava rescindir seu contrato por meio de uma liminar alegando falta de pagamento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e falta de segurança perante à torcida, o campeão olímpico de 23 anos mudou de vida.
Dezessete dias depois de tentar se desvincular do clube que o revelou, sem sucesso, o jovem de Paranavaí, sul do Paraná, se encontra em seu estado natal, mas sem revelar cidade, por questões de segurança, e treinando por conta própria. Se decidisse retornar ao CT Rei Pelé, seria submetido a horários alternativos em relação aos do elenco principal e não participaria de atividades com bola.
Como não obteve êxito ao entrar na Justiça, Zeca permanece vinculado ao Santos. O clube, por outro lado, não tem interesse em quebrar o contrato, já que pode usar o lateral-esquerdo como moeda de troca ou até mesmo lucrar com uma eventual venda futura, mesmo que o ala esteja atuando em outra equipe se emprestá-lo.
Recentemente, o técnico e dirigentes do Corinthians elogiaram publicamente o futebol de Zeca, mas negam uma investida de forma oficial. Os empresários do atleta receberam consultar de dirigentes do Palmeiras, mas não viram a negociação avançar, já que o Verdão prioriza a contratação do cruzeirense Diogo Barbosa para o setor crítico do elenco. A multa de Zeca para clubes do Brasil é de R$ 50 milhões e nenhum contato de outra equipe interessada foi feito diretamente com o Santos.
A diretoria do Peixe não prioriza a resolução do caso já que o clube terá eleições presidenciais no dia 9 de dezembro. Porém, o presidente Modesto Roma Júnior já anunciou que fez um pré-contrato com o lateral-esquerdo Romário, do Ceará, que se apresenta em janeiro na Vila Belmiro. Caju, que quase foi vendido para o Lille, da França, tem sido titular com Elano e não tem compromisso de retornar ao time de Marcelo Bielsa, já que não assinou contrato.