A maioria dos times vencedores têm algo em comum: continuidade. Grupos que jogam juntos por, no mínimo, três anos. No primeiro, perdem. No segundo, quase ganham. No terceiro, chegam lá. Todos eles tiveram craques que começaram vaiados e treinadores que quase caíram, mas salvaram seus pescoços graças a alguma vitória milagrosa no último minuto.
O Inter de 1975 e de 2006 são exemplos que confirmam a tese. Times que preservaram suas espinhas dorsais, trocando e agregando alguns valores.
Há pouco mais de uma semana, Guto Ferreira estava com a cabeça a prêmio. Torcedores, comentaristas e analistas pediam a sua saída, quase todos pensando no bem do Inter. Ao que se vê agora, a direção acertou em insistir.
A insistência, por si só, não garante nada. É preciso talento, comando e sorte. Futebol é um jogo. Sorte é fundamental. Mas trocar de rumo a cada tropeço é o pior que um clube tem a fazer. No caso do Inter, a pressão de uma Segunda Divisão pode se transformar em uma má conselheira.
Nada garantido
Nada está ganho. Nada está garantido. Ainda falta um turno. Mas uma certeza eu tenho: se o Inter tivesse trocado de treinador 10 dias atrás, a luz do túnel seria um trem vindo na nossa direção.