A soltura do goleiro Bruno, após um habeas corpus concedido pelo STF na última sexta-feira, gerou revolta para a família de Eliza Samudio. Em entrevista ao Fantástico, Sonia Fátima Moura, mãe da jovem, criticou a decisão.
– Justiça? Seis anos e sete meses preso pagam uma vida humana? Eu sou leiga para falar em leis, mas eu gostaria que a Justiça fosse mais ampla, que ele cumprisse os 22 anos que foi dado a ele.
Questionada sobre o que diria ao ex-goleiro se o encontrasse, Sonia desabafou:
– Primeira pergunta que eu queria fazer para ele: por que tanto ódio, por que ele acabou com a vida da minha filha de forma tão cruel e covarde? Eu queria dizer pro Bruno o seguinte: "Bruno, se você sofrer 1% do que eu sofro hoje, você saberia o porquê de tanta revolta".
Leia mais:
"Prisão perpétua não traria vítima de volta", afirma goleiro Bruno após deixar prisão
Advogado de Bruno fala sobre habeas corpus e diz que goleiro não oferece risco à sociedade
Apesar de ter sido condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, Bruno estava preso preventivamente desde 2010, enquanto aguardava o julgamento de sua apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Na última sexta, ele foi solto após um habeas corpus foi concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um inquérito policial o apontou como principal suspeito de ter matado Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado pela polícia.
*ZHESPORTES
