Pelo orgulho. Pela paixão. Pelo apoio incondicional. Pela torcida. Por Lupi. Por Lara. Por Alcindo. Por Everaldo. Por Felipão. Pelo Mãozinha da Geral. Pelos torcedores que viajam de longe para ver vocês. Pelos que, mesmo de longe, idolatram. Pelos fundadores. Pelas três cores. Pela história.
Há muito tempo eu não via a torcida do Grêmio orgulhosa como agora. Não tem nada a ver com a seca de títulos e a necessidade de buscar o sucesso. Nos últimos anos, fizemos boas temporadas e sempre figuramos entre os grandes do cenário nacional. Porém, existe algo diferente no ar. Existe um resgate de autoestima e isso empolga, emociona o torcedor tricolor. Vou ao estádio desde 1987, quando adentrei ao Olímpico na cacunda do meu pai. Aquela imagem, do Velho Casarão lotado para ver a vitória de 2 a 1 contra o São Paulo.
Sinto aquela energia quando vejo pais fazendo o mesmo a caminho da Arena.
Hoje, vejo os mais velhos empolgados, como poucas vezes testemunhei. Os mais jovens, enlouquecidos com a possibilidade de ver in loco o que assistem em looping no Youtube.
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E é aos jogadores, que eu me direciono a partir de agora. Vocês não têm ideia do que pode virar a vida de vocês. Não falo em fotos, autógrafos. Eu falo das rodas de conversas, nos bairros, nas escolas, nos bares. Falo em vocês estarem presentes numa frase juntos com Airton Pavilhão, Renato, Paulo Nunes e, até mesmo, Pedro Junior. Falo de história. Entra pra história de um clube de futebol quem coloca faixa no peito.
O Grêmio construiu ela por sempre acreditar. Seja nos momentos de alegria, ou nos de tristeza, como nesses 15 anos. Não importa contra quem o nosso clube jogue, sempre é motivo para vencer. Assim é o Grêmio: de todas as cores, credos e amores. Grêmio cisplatino, amado, odiado. Sempre, mesmo que neguem, respeitado. Agora é a hora que todos acreditam que é possível.
Nós, gremistas, acreditamos. Por vezes, no meio do caminho, é verdade, duvidamos. Mas este é o momento em que não existe mais duvida. É hora de escrever a história. Que seja por tudo aquilo que escrevi no início do texto. Mas que também seja por vocês. Por Grohe, por Edilson, por Geromel, por Kannemann, por Marcelo Oliveira, por Maicon, por Wallace, por Ramiro, por Pedro Rocha, por Douglas, por Luan, por Renato. Por todo grupo de jogadores e funcionários. Pela Carol, que seja. Pela torcida. Mais uma vez, pela história.
*ZH ESPORTES