Na Chapecoense desde 2007, o goleiro Nivaldo viu mais do que a ascensão do clube do interior de Santa Catarina da Série D à primeira divisão do Brasileirão: acompanhou, de perto, a evolução do jovem Jackson Follmann, arqueiro que assumiu o posto de primeiro reserva da equipe. Aos 42 anos, Nivaldo lamenta que o colega, de 24, não possa mais jogar futebol, já que teve uma das pernas amputadas após o acidente aéreo.
– A gente reza para que ele consiga se recuperar, acho que foi um milagre o que aconteceu. Mas, infelizmente, não vai mais poder seguir a carreira dele – emocionou-se.
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Com 298 jogos pela Chapecoense, Nivaldo pretendia completar a marca histórica de 300 partidas na última rodada do Brasileirão, diante do Atlético-MG. Isso só não aconteceu porque, na 37ª rodada, quando a equipe enfrentou o Palmeiras, em São Paulo, Nivaldo não embarcou, pois a delegação não retornaria à Santa Catarina antes de disputar a primeira decisão da Copa Sul-Americana, duelo para o qual o atleta não estava relacionado.
Depois da mudança de planejamento, Nivaldo não embarcou para São Paulo, de onde a Chapecoense partiu para a final do torneio. E foi isso que salvou o goleiro:
– Era para eu ir na viagem e acabei ficando. Tudo tem um propósito na vida
*RÁDIO GAÚCHA