A Operação Lava-Jato tem atrapalhado os planos do Corinthians, segundo o ex-presidente do clube, Andrés Sanchez. Para o dirigente, as investigações da Polícia Federal dificultam a venda dos naming rights da Arena Corinthians.
O estádio de Itaquera foi erguido pela construtora Odebrecht, que tem sido alvo de buscas, apreensões e já teve diversos diretores presos. A companhia, inclusive, negocia um acordo coletivo de delação premiada.
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– Incomoda, dificulta, pois todas as obras da construtora estão sendo questionadas. Mas temos uma auditoria para ver a parte financeira e tudo que tem no estádio. Quando acabar, saberemos o que tem de certo e errado, mas é óbvio que a Lava-Jato atrapalha, porque ficam falando a toda hora que a arena vai entrar nisso – disse Andrés Sanchez, em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo".
Porém, o atual deputado federal (PT-SP) nega temer qualquer investigação sobre ele ou sobre a Arena Corinthians.
Andrés também admitiu que pode reduzir o valor pedido pelo direito de exploração do nome do estádio. Inicialmente, o Corinthians falava em R$ 400 milhões por um contrato de 20 anos, mas já cogita vender os naming rights pela metade deste montante. As negociações estão emperradas.
– Se chegarem com uns R$ 300 milhões, ou R$ 200 milhões, eu aceito. O que pagarem a gente fecha – afirmou o ex-presidente, que segue defendendo o modelo de negócio do estádio corintiano.