O lutador brasileiro Rafael dos Anjos foi o entrevistado deste sábado do Trocação Pura. No bate-papo com Sérgio Boaz, o ex-campeão dos leves comentou sua preparação para encarar Tony Ferguson, no dia 5 de novembro, no México. As informações são do blog Trocação Pura, da Rádio Gaúcha.
Em Los Angeles, onde se prepara para o duelo, o atleta falou sobre seu adversário, comentou a negativa do UFC em realizar uma revanche imediata contra Eddie Alvarez e comentou a atual situação da companhia.
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Confira os principais trechos:
A luta contra Tony Ferguson
"Estou bem ansioso, com fome de vitórias. Já estive nessa posição antes. Sei o caminho para chegar de volta ao topo. Vou trabalhar duro. Estou com saúde, estou novo, sem lesão, mal posso esperar por novembro. Acho que o Tony Ferguson é um lutador duríssimo e é o cara que vai me credenciar para uma futura disputa de cinturão."
A negociação da luta com Ferguson
"Não escolho luta, não tento fazer cartel pegando lutinha mole. No UFC só lutei com os melhores. Venho lutando com os melhores há oito anos. Quero uma luta que me credencie ao cinturão. Ninguém melhor que o Tony Ferguson que vem de vitórias. Não vou mudar nunca. Gosto de desafios e enfrentar os caras mais duros do peso."
A negativa de uma revanche contra Alvarez
"Por exemplo, na minha luta foi rápida. Eu estava dominando as ações quando eu tomei um soco e o cara aproveitou a oportunidade. Na do Fabrício também. Na minha opinião o Fabrício estava tendo a vantagem, mas foi rápida. E a do José Aldo, também, praticamente não teve luta. Acho que quando um lutador perde assim, merece uma revanche. Não foi uma coisa que você foi completamente dominado pelo adversário, e realmente o cara foi melhor. É no MMA, acontece. Nós somos lutadores que merecíamos isso.
Mas, o UFC tem outros planos. Como o Conor McGregor, quer aproveitar a imagem dele como campeão. Nos pesos-pesados ter um campeão americano. Ter um peso leve americano. Isso influencia. Não sei se agrada ter tantos campeões brasileiros, até pelo fato de o Brasil não vender pay-per-view. Quem compra pay-per-view mora fora do Brasil. Quem compra no Brasil já tem o Canal Combate, tem a assinatura. Manda quem pode, obedece quem tem juízo."
Privilégios de lutadores como Conor McGregor
"Ele tem os privilégios. Ele vende bastante. O momento do UFC agora não é o quanto você é bom e sim o quanto você vende. Sinto que os lutadores estão perdendo um pouco o estímulo para ser campeão, ser o melhor, ganhar o cinturão. Não é sobre isso. É sobre vender mais, ganhar mais dinheiro. O que adianta ter o cinturão se o cara que não tem ganha vinte vezes mais. Os lutadores estão perdendo a vontade de ser campeão. Todos querem o 'money fight', a luta pelo dinheiro."
*RÁDIO GAÚCHA